Qual a filosofia de investimentos da sua empresa?
A melhor imagem é uma criada pelo megainvestidor Warren Buffett, que é a da bola de neve, crescendo continuamente. Quando montamos nossas estratégias, não buscamos uma operação sensacional para ganhar muito dinheiro em uma semana. Ao contrário, buscamos consistência e atuamos com resiliência e perseverança, para obter pequenos retornos continuamente ao longo do tempo.

Em que ativos os seus fundos investem?
Ao todo temos 38 fundos e, segundo o dado oficial da Anbima, R$ 2,5 bilhões em ativos sob gestão. Temos principalmente fundos imobiliários (FII) e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). Investimos em ativos imobiliários e de crédito, e nossa filosofia é fornecer ao cotista a água mais limpa possível na hora de montar a carteira.

Desenvolva melhor esse conceito de água limpa.
Nossos fundos compram papéis estruturados, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), e Certificados de Recebíveis do Agronegócio, debêntures, entre outros. Nós mesmos atuamos como originadores desses produtos, e os vendemos para os fundos.

Qual a vantagem disso?
Se eu mesmo estruturar um CRI em vez de adquirir um Certificado emitido por outro banco, eu já vou estar deixando de pagar as tarifas e honorários cobrados pela instituição financeira. Nós mesmos montamos as operações e se por acaso ganhamos alguma tarifa, ela é totalmente integrada como ganho ao patrimônio do fundo. Eu digo que nós temos apenas um cliente, que é o investidor dos nossos fundos. É ele quem nos paga as taxas de administração e de performance, se houver.

Como isso beneficia o investidor?
Eu digo que ninguém que investe em crédito privado precisa de consultoria para comprar uma debênture da Vale. Nós procuramos oferecer produtos que o investidor não encontra nas plataformas, por exemplo, fundos estruturados que possam oferecer 50 estratégias de crédito diferentes, e que não estariam disponíveis para alguém que não fosse investidor qualificado ou profissional. A vantagem é que nossos fundos oferecem acesso a esses produtos com liquidez. Meu produto menos líquido tem 180 dias de prazo. É melhor do que os três a cinco anos que duram, em média, as operações de crédito como muitos CRIS.

BMG ADQUIRE 50% DA GESTORA AF

O banco BMG comprou 50% do capital do escritório de assessoria de investimentos independente Araújo Fontes e da gestora AF Invest por R$ 150 milhões, sendo R$ 85 milhões fixos e uma parcela variável de cerca de R$ 65 milhões. Banco tradicional com foco nos empréstimos consignados, o BMG planeja, com a aquisição, oferecer produtos para outro perfil de clientes. O banco registrou 5,6 milhões de clientes ativos, sendo 3,9 milhões de contas digitais, em março de 2021.

SULAMÉRICA LANÇA FUNDO DE SAÚDE

A gestora vinculada à seguradora SulAmérica lançou um fundo de ações focado em papéis de saúde e biotecnologia. A estratégia visa aplicar em empresas dos setores de saúde, hospitais, farmacêuticas, diagnósticos e pesquisas, além de biotecnologia. O objetivo é superar a rentabilidade do Ibovespa no longo prazo. O fundo terá aplicação mínima de R$ 1 mil e vai cobrar taxa de administração de 2% e taxa de performance de 20% do que superar o Ibovespa.

MULTIMERCADO DE R$ 1 DO PAGSEGURO

O PagSeguro PagBank e a Itaú Asset Management estão lançando um fundo multimercado com aplicação mínima de R$ 1,00. Denominado PagBank Itaú All Seasons FIC FIM, o fundo vai cobrar taxa de administração de até 1,40%. A liquidez será de 17 dias úteis após a solicitação do resgate pelo investidor. O produto estará disponível exclusivamente para os clientes ativos do PagSeguro PagBank, que vai começar a distribuir os fundos da Itaú Asset.

EM ALTA
2,4 pontos 

foi a alta do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) em junho, indo para 122,3 pontos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Depois de duas quedas consecutivas, em abril e maio, a incerteza voltou a subir. Entre os motivos estão a pandemia, a crise hídrica, as discussões da reforma tributária e o risco político resultante de possíveis desdobramentos da CPI da Covid. Segundo a FGV, o nível “adequado” é abaixo de 110 pontos. Em abril de 2020, o indicador subiu devido à pandemia, retrocedendo em seguida.

EM BAIXA
18% 

foi a queda, em abril, do Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O recuo dos investimentos no trimestre terminado em abril foi de 11,4%. Na comparação com 2020, no entanto, houve expansão de 39,1% em abril e alta de 24% no trimestre móvel. Os resultados foram afetados pela queda nas importações, explicada por uma base de comparação elevada em março, quando foram contabilizadas importações de plataformas de petróleo.