Como a Rooftop atua?
A Rooftop é uma startup especializada no mercado imobiliário, mais especificamente no segmento de imóveis estressados, com pendências financeiras e jurídicas. Somos parceiros dos bancos e do sistema Judiciário.

Como vocês “desestressam” esses ativos?
Diferentemente dos fundos de crédito, que negociam carteiras de empréstimos não pagos com instituições financeiras, a Rooftop atua na ponta do varejo imobiliário. Através de robôs compilamos dados em sites de leilão, selecionamos os melhores ativos pelo grau de liquidez, potencial comercial, e riscos jurídicos envolvidos.

De onde vem os recursos para esses investimentos?
Para recuperar créditos estressados conseguimos, numa primeira captação no início de 2021, levantar R$ 100 milhões em recursos para nosso fundo, valor que está praticamente 100% alocado. Agora, diante do potencial, iniciamos uma segunda captação no valor de R$ 1 bilhão, com 36 meses de prazo.

Quem investe neste mercado?
São investidores profissionais institucionais do mercado financeiro. O Roof 11 é um fundo listado na B3 e tem cerca de 60 investidores. O segundo é destinado só a um único investidor do mercado imobiliário, que viu muita aderência ao negócio
e colocou suas fichas.

O negócio é bom para o antigo proprietário do imóvel?
Sim, porque nosso programa, chamado InCasa, permite que ele continue morando no local, pagando aluguel por até três anos. Em seguida, ele tem prioridade para recompra do bem, a um preço previamente estabelecido. O programa visa ajudar pessoas que possuem imóveis, quitados ou financiados, mas que estejam com dívidas e sem acesso a banco ou capital.

Essa nova modalidade indica amadurecimento do mercado imobiliário?
Todas as mudanças, inclusive um projeto de lei que permitirá refinanciar um imóvel que já foi financiado, mostram que o mercado vem evoluindo muito. E a tecnologia ajuda na organização e na análise jurídica e financeira para atender todas as etapas do negócio, o que acelera ainda mais o processo. No passado, as coisas eram mais burocráticas. Hoje se consegue fazer uma escritura digital. Além disso, as novas regras para fundos imobiliários da CVM e do BC também ajudaram.

NOTAS
Ações e Multimercados perdem R$ 11 bi

Os fundos de ações e multimercados tiveram R$ 11 bilhões de resgates líquidos em novembro, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Enquanto a classe de ações teve saídas de R$ 6,1 bilhões, os multimercados registraram R$ 4,8 bilhões. É o terceiro mês seguido que os multimercados e fundos de ações têm retiradas líquidas. A alta da taxa Selic e as quedas do Ibovespa influenciaram as saídas. A indústria como um todo teve captação líquida positiva de R$ 39,9 bilhões no período.

Definido critérios de sustentabilidade

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) publicou na segunda-feira (6) novas regras para a identificação dos fundos de renda fixa e de ações sustentáveis. As exigências fazem parte do Código de Administração de Recursos de Terceiros. A novidade busca garantir um crescimento saudável e robusto desses produtos. No final de 2020, o número de fundos que se denominavam verdes ou ASG cresceu. As novas regras incluem não só o cumprimento de diversos critérios, mas também requisitos para a gestora.

EM ALTA
16,77% 

Foi a alta acumulada desde o início do ano pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) até novembro. No mês, o aumento foi de 0,02%, após alta de 0,64% em outubro. Com este resultado o indicador usado nos contratos de aluguel já acumula avanço de 17,89% em 12 meses. Há um ano, em novembro de 2020, o IGP-M havia subido 3,28% e variado 24,52% em 12 meses. Apesar dos aumentos do diesel (9,96%) e da gasolina (10,17%), as quedas nos preços de outras commodities ajudaram a reduzir o ritmo da inflação, segundo a FGV.

EM BAIXA
9,73% 

Foi a queda acumulada nos preços do petróleo entre 8 de novembro e 8 de dezembro. A queda foi provocada pela decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados, conhecida como Opep+, de ampliar a produção, o que pode reduzir ainda mais os preços. Além disso, os investidores estão atentos à variante ômicron do coronavírus, que pode causar novas medidas de restrição e reduzir o consumo. Na última semana, os preços futuros do Brent, referência global, acumularam perda de 3,90%.