Qual a história da gestora?
O grupo nasceu há 18 anos. Começamos nossas atividades em 2003 com o nome DLM, mas vendemos o controle acionário para o então Banco Inter em 2019. No ano passado, o nome foi alterado para Inter Asset e nos fundimos com outras áreas de investimento do banco. Essa associação nasceu, tínhamos um bom conhecimento de fundos de crédito privado de alta qualidade e o Inter era um dos principais distribuidores dos nossos produtos.

E os próximos passos?
Estamos nos estruturando para ser uma empresa de gestão de recursos de excelência em fundos multiestratégia. Por exemplo, fundos imobiliários, tanto de Certificados de Recebíveis Imobiliários quanto fundos de tijolo, além de fundos multimercados e fundos de renda variável. Consideramos que nossa experiência em crédito é uma vantagem.

Como é sua estratégia de investimentos?
Eu costumo dizer que somos mergulhadores do tipo escafandrista. Vamos ao fundo do processo de análise. Olhamos não apenas a qualidade das empresas que emitem determinados títulos, como também observamos o momento do mercado e se ele está mais ou menos favorável para essa ou aquela classe de ativos.

Como você vê o cenário atual?
Notamos uma pressão inflacionária mais elevada agora, tanto no Brasil quanto no exterior. Isso decorre tanto da expansão monetária quanto da alta das commodities e da quebra das cadeias de valor devido à pandemia. Por isso, nossa visão é que o Federal Reserve [o banco central americano] vai começar a diminuir os estímulos antes do esperado. No Brasil deve ocorrer algo parecido, pois a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) em junho foi bastante clara nesse sentido.

Como isso afeta os mercados no Brasil?
A Selic deve voltar para cerca de 6,5% ao ano, o que a coloca mais perto de uma taxa de equilíbrio. Isso terá um impacto profundo nos mercados. Nos últimos meses notamos uma forte migração de recursos da renda fixa para a renda variável, e isso também elevou os prêmios de papéis de renda fixa mais longos, como as debêntures. Agora, com a volta dos juros a um patamar de equilíbrio, deverá haver um retorno nesse movimento pendular.

BRASILPREV TERÁ PREVIDÊNCIA COM SEGURO

A Brasilprev, empresa de previdência privada ligada ao Banco do Brasil, está lançando um fundo de previdência privada que também terá seguros de vida. Produto comum nos Estados Unidos, onde é conhecido como annuity, o plano da Brasilprev terá uma previdência privada do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). O plano também vai ter um seguro de vida. As coberturas do novo fundo de previdência também poderão incluir doenças ou invalidez e seguro funeral.

FIDUC LANÇA FUNDO INTERNACIONAL

A gestora de recursos Fiduc lança, no início de julho, um fundo dedicado a ativos internacionais. O fundo vai destinar seus investimentos a fundos de ações globais de gestores como UBS e Morgan Stanley, além de Exchange Traded Funds (ETF) de índices de ações globais e temáticos, como os de biotecnologia. O fundo terá aplicação mínima de R$ 5 mil e cobrará taxa de administração de 1,55% ao ano, sem taxa de performance. A liquidez será de 32 dias após o pedido de resgate.

WARREN CRIA PRODUTOS IMOBILIÁRIOS

A gestora Warren selecionou R$ 100 milhões em projetos que irão compor o patrimônio de seus primeiros Fundos de Investimento Imobiliário (FII). Devido à valorização elevada dos imóveis, a Warren associou-se aos investidores estratégicos Chromo Invest e 051 Capital para desenvolver esses ativos. Como o prazo é mais longo, os fundos serão destinados a investidores institucionais, que acessam esse mercado de forma ineficiente, segundo Gustavo Kosnitzer, head de Mercado de Capitais da Warren.

EM ALTA
3,4 pontos 

foi a alta do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em junho. O indicador subiu para 107,6 pontos, maior valor desde os 107,9 pontos de fevereiro. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,1 ponto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Após cinco quedas consecutivas, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,8 ponto, para 111,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) subiu 5,0 pontos, para 104,0 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 1,6 ponto, para 79,4%, maior valor desde os 79,9% de janeiro.

EM BAIXA
1,45%

foi a queda no Índice de Qualidade de Atendimento de Bancos e Plataformas em maio frente a abril, revelou a pesquisa mensal do Centro de Estudos em Finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVcef), realizada em parceria com a Toluna, empresa que fornece insights em tempo real sobre os consumidores. Conforme o estudo, o Banco do Brasil foi quem apresentou a melhor avaliação por seus clientes em abril, seguido pelo Itaú. Entre as plataformas, a Rico foi a melhor, seguida pela Inter.