Como sua empresa começou?
Iniciamos nossos negócios há dez anos como um clube de investimentos, com apenas R$ 4 milhões para gerir. Nossa meta era permitir que clientes aqui do Paraná tivessem acesso a serviços financeiros de qualidade, como ocorre em São Paulo e no Rio. Atualmente temos cinco fundos abertos no Brasil e mais 14 fundos exclusivos e offshore. No total, administramos R$ 1,3 bilhão.

Quais são os seus fundos?
Temos três fundos de ações. Nosso produto mais importante é o CTM Estratégia, um fundo focado em investimentos de valor, o value invest. Nesse fundo fazemos investimentos relevantes e de longo prazo em poucas empresas. Por exemplo, ficamos vários anos investidos na empresa petroquímica Unipar. Chegamos a ter um assento no Conselho e participamos de todo o processo de reestruturação da companhia.

E os demais produtos?
É um fundo mais ligado a índices de ações, mas não é um fundo indexado. A carteira é mais diversificada e com movimentos de prazo mais curto. E finalmente temos um fundo de ações bem mais agressivo, cujo estatuto permite operações vedadas aos demais. Por exemplo podemos operar commodities e investimentos internacionais e assumir posições vendidas por meio de derivativos. A alavancagem pode ir a até 100% do patrimônio líquido.

O que vocês oferecem além das ações?
Temos um fundo multimercado. A gestão visa proporcionar desempenho constante e baixa volatilidade. Uma parcela entre 60% e 70% do patrimônio fica em renda fixa. Neste momento, estamos apenas em títulos pós-fixados, devido à incerteza do mercado, o momento não é bom para títulos prefixados ou para papéis ligados à inflação. Os demais 30% a 40% estão divididos em várias estratégias, que vão desde a participação em ofertas públicas de aquisição (OPA) até operações de arbitragem entre ações diferentes de uma mesma empresa. E também temos um fundo de previdência.

Como seus fundos são distribuídos e quais as características para aplicação?
Nossos produtos estão em todas as plataformas, exceto a XP. E as características são semelhantes. O investimento mínimo é de R$ 1 mil. Nos fundos de ações, cobramos taxade administração de 2% e taxa de performance de 20% sobre o que superar o Ibovespa. No fundo multimercado, a taxa de administração é mais baixa, de 1,3%.

NOTAS

BB LANÇA MULTIMERCADO PARA LUCRAR COM JURO ALTO

O Banco do Brasil informou na segunda-feira (18) que lançou o BB Espelho Multimercado Ibiuna Hedge STH, em parceria com a gestora Ibiuna Investimentos. O objetivo é obter ganhos com os ciclos de alta de juros, deixando o investidor exposto a esse mercado em momentos de aperto monetário. O BB afirmou também que o fundo vai espelhar o Ibiuna Hedge STH FIC FIM, que investe em ações, moedas e commodities.

HEDGE INVESTIMENTOS TERÁ SEU PRIMEIRO FIAGRO

A Hedge Investimentos anunciou na sexta-feira (15) que vai lançar seu primeiro Fiagro, denominado Hedge Crédito Agro Fiagro. O fundo estará disponível na B3 após 90 dias do seu anúncio. De acordo com a Hedge, o Fiagro é da categoria FIDC e investe em direitos creditórios relacionados ao agronegócio. A gestora afirmou que seu único concorrente nessa categoria
é um fundo do BTG Pactual.

TRX LANÇA APLICATIVO PARA DIVULGAR FIIS

A gestora TRX lançou o aplicativo Trix. A plataforma divulga 65 produtos listados na B3 e visa aproximar investidores iniciantes dos fundos imobiliários. A aplicação mínima é de R$ 120. A plataforma separa os investimentos por perfil, do iniciante ao avançado, ou por tipos de imóveis, para quem quer investir especificamente em shopping centers, lajes corporativas ou galpões, afirmou a empresa.

EM ALTA
24%

Foi a alta nas vendas em shoppings em maio na comparação com abril, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). De acordo com a entidade, esse foi o 14º crescimento mensal consecutivo. “Isso reforça o momento de recuperação no setor, iniciado no ano passado”, disse a Abrasce. As vendas na região Sudeste subiram 26,6%, melhor desempenho da pesquisa. Enquanto isso, a região Norte teve o menor crescimento, que foi de 11,7%.

EM BAIXA
2,1%

Foi a queda no consumo das famílias brasileiras em maio na comparação com abril, segundo o Monitor do PIB divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). “A alta da inflação e dos juros refletem no consumo de produtos menos essenciais, como é o caso de bens semiduráveis e bens duráveis”, disse a coordenadora da pesquisa da FGV, Juliana Trece. A redução do consumo fez a atividade econômica recuar 0,8% na comparação com abril, informou a FGV.