Segunda maior empresa de capital aberto no mercado de turismo na América Latina – atrás apenas da Decolar –, a demanda na CVC para viagens de destinos domésticos já alcançou 79% do montante registrado antes da pandemia. No acumulado de 2021, a receita líquida da empresa subiu 59%, para R$ 825,9 milhões, embora o balanço anual tenha se encerrado no vermelho pelo terceiro ano consecutivo: negativo em R$ 486,7 milhões, com prejuízo líquido acumulado em R$ 1,3 bilhão desde 2019. Em comunicado ao mercado, o CEO Leonel Andrade celebra, no entanto, a redução da dívida para R$ 322,9 milhões, o menor patamar dos últimos dois anos. Somada ao débito com empréstimos, debêntures e aquisições, que se manteve estável no ano (em R$ 1,1 bilhão), a dívida do grupo alcançou R$ 1,4 bilhão ao fim do período.

APOSTA ALTA A CVC aumentará os investimentos em 20% neste ano para avançar na sua digitalização. (Crédito:Istock)

Tentando se reerguer após a pandemia, o avanço de 40% das reservas no ano passado só se consolidou a partir do segundo trimestre. E 2022 não deve aliviar essa pressão, uma vez que a companhia opera mais um início de ano com prognóstico desafiador. Além dos já previstos desafios macroeconômicos e políticos, a onda da ômicron e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia devem ter impactos severos sobre o período. Para ganhar fôlego e se recuperar, a CVC Corp projeta investir ao menos 20% mais que os R$ 133 milhões aportados em 2021 – o maior já feito pela companhia – no avanço da sua agenda de transformação digital. Entre as estratégias está ampliar o leque de serviços nas plataformas, como o de locação de casas para temporada, a nova onda do setor.