Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan indicou que 1,8% dos casos de demência estudados nos Estados Unidos – cerca de 100 mil casos –, poderiam ser evitados com maiores cuidados com a visão.

Em entrevista à Radio USP, o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Eduardo Rocha, explicou que apesar de não ser o fator que mais influência nesses casos de demência, como é o caso da hipertensão arterial (12,4%), a deficiência visual se aproxima de fatores como “tabagismo, diabete, inatividade e o isolamento social”.

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O levantamento da Universidade de Michigan foi publicado na Jama Ophthalmology e, segundo o especialista, cria um artefato estatístico conhecido também como profecia autorrealizada. Neste sentido, seriam necessários mais estudos para comprovar a tese, uma vez que os dados não são suficientes para arrematar o caso.

“As pessoas, temendo a debilidade senil, passam a cuidar melhor da saúde geral, alimentação, visitas periódicas e controle das doenças degenerativas, e assim ganhar benefícios nas duas frentes.”