Com uma fortuna estimada em US$ 150 bilhões, Jeff Bezos, CEO e fundador da Amazon, se tornou o homem mais rico do mundo em 2018, desbancando Bill Gates, figura fácil na liderança do ranking nas últimas duas décadas. Desde a semana passada, no entanto, a conta bancária do bilionário vem sofrendo um forte abalo. Maior acionista da gigante do comércio eletrônico, Bezos viu o valor de mercado da companhia cair 14% da quinta-feira 25 até a segunda-feira 29, de US$ 871 bilhões para US$ 750 bilhões. A varejista que, em setembro, havia se tornado a mais nova integrante do grupo seleto de empresas avaliadas em mais de US$ 1 trilhão, atrás apenas da Apple, foi superada pela Microsoft, avaliada agora em US$ 797 bilhões.

Também conhecida pela alcunha de implacável, a Amazon provou do seu próprio veneno com a reação do mercado aos seus resultados no terceiro trimestre. No período, a receita da companhia cresceu 29%, para US$ 56,5 bilhões, abaixo das expectativas de analistas, que projetavam US$ 57,1 bilhões. As projeções para o quarto trimestre, tradicionalmente o mais forte da empresa, reforçaram esse contexto. A varejista prevê faturar entre US$ 66,5 bilhões e US$ 72,5 bilhões, enquanto Wall Street estimava uma receita de US$ 73,9 bilhões.

(Nota publicada na Edição 1094 da Revista Dinheiro)