Depois de publicar seus demonstrativos financeiros auditados e ficar em dia com o mercado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) deverá fechar acordo para alongar suas dívidas com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, seus principais credores, já na primeira semana de janeiro, provavelmente até o dia 5. Os valores devem ser da ordem de R$ 14 bilhões. As negociações com os dois bancos públicos já estão bastante adiantadas.

Aqui e lá

Outro passo importante da companhia de Benjamin Steinbruch foi o arquivamento do formulário 20-F relativo ao ano de 2016, na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos Estados Unidos, o que permitiria à siderúrgica acessar o mercado de dívida externo, com emissão de novos bônus. Para sair com tal operação, resta ainda negociar a carta de conforto com a Deloitte, necessária após advertência de “deficiências” no controle interno feita pela auditoria no relatório 20-F. No mercado, se fala em uma captação no começo de 2018 de cerca de US$ 1 bilhão, para rolar quase US$ 2 bilhões em bônus que vencem em 2019 e 2020. A companhia tem ainda emitido US$ 1 bilhão de bônus perpétuos.

Ganhou fôlego

Se tudo der certo, o que inclui nenhuma agência de rating rebaixar a nota do Brasil até lá, a CSN volta ao mercado de dívida externa com percepção de preço muito melhor do que no ano passado, quando seus bônus chegaram a operar no mercado secundário como se a companhia fosse dar um calote em sua dívida. Hoje, em posição contrária, são negociados a preços próximos ao de companhias de primeira linha. Procurada, a CSN não comentou.