A dívida líquida da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) chegou a R$ 30,603 bilhões em 30 de setembro, uma queda de 8% em relação ao registrado no final do segundo trimestre (R$ 33,120 bilhões), mas um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado, quando era de R$ 27,577 bilhões.

Em nota que acompanha o resultado, a companhia informa que a variação cambial foi compensada pela forte geração de caixa do período e entrada dos recursos do pagamento antecipado (prepayment) de minério de ferro. A relação dívida líquida/Ebitda alcançou 3,67x, uma redução considerável em vista do forte fluxo de caixa, segundo a empresa. Essa relação era de 5,17x ao final do segundo trimestre e 3,81x no terceiro trimestre do ano passado.

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Em comentários no informe de resultados, a companhia destaca que no terceiro trimestre deste ano e início do quarto deu continuidade ao processo de alongamento de seu passivo, obtendo aprovações para extensão de cerca de R$ 600 milhões com bancos privados.

A CSN informou ainda que a exposição cambial líquida do balanço consolidado de 30 de setembro foi de US$ 88 milhões, em linha com a política da empresa de minimizar os impactos da volatilidade cambial sobre o resultado. O Hedge Accounting adotado pela CSN correlaciona o fluxo projetado de exportações em dólar com os vencimentos futuros da dívida na mesma moeda. “Com isso, a variação cambial da dívida em dólar fica registrada temporariamente no patrimônio líquido, sendo levada ao resultado quando ocorrerem as receitas em dólar provenientes das referidas exportações”, diz a siderúrgica.