A CSN Cimentos, controlada pela CSN de Benjamin Steinbruch, planeja abrir seu capital em agosto e captar R$ 3 bilhões. A princípio, a oferta será totalmente primária. A CSN Cimentos adquiriu recentemente a cimenteira Elizabeth por R$ 1,08 bilhão. Localizada em Pernambuco e produzindo 1,3 milhão de toneladas por ano, a Elizabeth elevou em 30% a capacidade da CSN Cimentos e foi responsável por sua entrada no Nordeste. A CSN encontrou na B3 uma fonte de recursos para sua expansão. Em fevereiro, ela captou R$ 5,2 bilhões listando a CSN Mineração, e parte dos recursos vai fundear o ousado plano de expansão da mineradora, que se encerrará apenas em 2030. O setor de cimentos passa por mudanças estruturais no Brasil. Os credores estão trocando dívidas por participações no capital que são vendidas posteriormente. Foi o caso da Elizabeth, que pertencia à gestora Farallon.

BANCOS
Next paga
juros em dobro

O banco digital Next, ligado ao Bradesco, está oferecendo Certificados de Depósito Bancário CDB com retorno de 200% dos juros de mercado medidos pelo CDI. O investimento tem validade de 30 dias e liquidez diária, e está disponível aos novos e atuais clientes. O valor mínimo para investir é de R$ 100, com limite de até R$ 5 mil. Após o vencimento, o valor investido volta para a conta corrente do cliente, que recebe novas sugestões para realocação do valor de acordo com o seu perfil. A oferta estará disponível no app até o dia 5 de agosto.

EDUCAÇÃO
Anima anula venda à Ser 

A novela envolvendo os ativos da Laureate no Brasil, disputados entre Anima e Ser Educacional, chegou ao fim. A Anima cancelou a venda das unidades à Ser, negócio que havia sido fechado por R$ 180 milhões em 2020. A dissolução do negócio foi amigável e mantém a Anima como proprietária de 100% dos ativos do Grupo Laureate. O portfólio inclui 12 instituições, como as universidades FMU e Anhembi Morumbi, entre outras, e mais de 50 campi espalhados por sete estados, além das atividades de Educação a Distância (EAD).

QUEM VEM LÁ
BTG vai ancorar IPO da Privalia

O banco BTG Pactual vai adquirir 5% do capital da varejista Privalia na eventual abertura de capital da companhia, com direito a comprar mais 5% em até 36 meses após o IPO. Em fevereiro, a Privalia pediu registro à Comissão de Valores Mobiliário (CVM), mas informou que o eventual IPO ainda está em discussão. Para a varejista, que faturou R$ 926,3 milhões em 2020, alta de 25% ante 2019, o apoio do BTG aumenta a confiança do mercado. A notícia, que se segue à aquisição da Hering pelo grupo Soma, indica um reaquecimento do mercado de moda.

MERCADO
B3 recebe R$ 16,16 bi de estrangeiros

O saldo de investimentos estrangeiros na bolsa ficou positivo em R$ 16,16 bilhões em junho e em R$ 47,54 bilhões no acumulado de 2021. Enquanto os investidores internacionais trazem recursos, os locais vendem. O saldo dos investidores brasileiros foi negativo em R$ 3,27 bilhões no mês, mas permanece positivo em R$ 5,80 bilhões no ano. Já os investidores institucionais seguem resgatando sistematicamente desde o início do ano. Venderam R$ 13,58 bilhões em junho e R$ 48,89 bilhões no acumulado do primeiro semestre.

DESTAQUE NO PREGÃO
Via e Grendene apostam no exterior 

Divulgação

Duas grandes empresas brasileiras traçam planos para ultrapassar as fronteiras. Dona das marcas Casas Bahia e Ponto, a Via antecipou sua internacionalização com uma parceria com a uruguaia Noc Noc, que lhe permitirá oferecer produtos brasileiros e internacionais em seu marketplace. A Noc Noc já realiza serviços para lojas de comércio eletrônico como Petz e Mobly, cuidando do câmbio, dos impostos, e da logística. Dona de marcas como Melissa e Rider, a Grendene anunciou um acordo com uma gestora ligada ao 3G Capital. de Jorge Paulo Lemann. A meta é criar uma joint venture para a distribuição internacional das sandálias.