Um estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia indicou que cerca de 3,5 mil empresas entrarão na justiça com pedidos de recuperação judicial ou vão declarar falência nos próximos meses. Todos os casos estão ligados ao gigantesco impacto da covid-19 nos agentes econômicos do País.

Além disso, a taxa de inadimplência deve crescer 294%. Essa projeção leva em conta um cenário sem a pandemia como pano fundo, como seria o dia-a-dia normal de pagamento delas. A previsão é de que esse atraso nos pagamentos deva atingir 271 mil empresas.

+ Nova linha de crédito para empresas depende de regulamentação do CMN
+ 2020 terminará com 15% a 20% menos empresas de serviços do que começou
+ Pandemia fecha 39,4% das empresas paralisadas, diz IBGE

Segundo o G1, o estudo indicou que a inadimplência por mais de 90 dias é um indicativo de que a companhia vai pedir recuperação judicial e isso acaba criando um efeito cascata negativo na cadeia produtiva desses negócios.

Essa tendência deve atingir médias e grandes empresas que podem arcar com os custos de uma recuperação, o que não acontece com as pequenas já que elas tendem a fechar antes desse processo.

Como alternativa à quebradeira, a SPE indicou alguns pontos que são fundamentais para o a ‘volta ao normal’, como a ampliação de crédito entre as micro e pequenas empresas, as desonerações e medidas que melhorem a mobilidade no mercado de trabalho, com os trabalhadores se adaptando a novos empregos em setores que seguiram fortalecidos durante a crise.

Além disso, é necessária uma discussão com o Congresso Nacional para que a Lei de Falências seja modernizada. O projeto já está tramitando no Legislativo.