A pandemia da covid-19 criou uma crise de fornecimento gigantesca no mercado de chips semicondutores, problema que deve seguir por pelo menos mais seis meses, segundo o CEO da Cisco, Chuck Robbins. A falta de um dos principais componentes tecnológicos de produtos como televisões, vídeo games, computadores, notebooks, celulares e tablets faz com que os preços subam e as ofertas nas lojas caiam.

Com a guerra comercial contra o mercado chinês, promovida pela ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, muitas empresas que fornecem chips reduziram a produção antes da covid-19 com temor de excesso de estoque. Acontece que com a pandemia e o home office forçado em todo o mundo, a demanda por produtos tecnológicos foi gigantesca e o mercado foi pego de surpresa, sem conseguir atender a demanda dos consumidores.

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Muitos parques industriais foram fechados no início da pandemia, principalmente na China, onde o coronavírus se espalhou com força no início de 2020. Em entrevista à BBC, Chuck Robbins indicou que os fornecedores estão se estruturando para ampliar a produção, resultado que deve despontar somente nos próximos 12 a 18 meses.

Com o investimento de US$ 50 bilhões planejado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em conjunto com uma entrada pesada de dinheiro da China nas empresas locais, o mercado de chips semicondutores deve voltar a respirar em breve.