A crise climática continuou inabalável em 2020, com as temperaturas globais mais altas já registradas, calor alarmante e incêndios florestais recordes.

Apesar de uma queda de 7% na queima de combustível fóssil devido ao bloqueio do coronavírus, o dióxido de carbono que retém o calor continuou a se acumular na atmosfera, também estabelecendo um novo recorde. A temperatura média da superfície do planeta em 2020 era 1,25 °C mais alta do que no período pré-industrial de 1850-1900, perigosamente perto da meta de 1,5°C estabelecida pelas nações do mundo para evitar os piores impactos.

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Apenas 2016 correspondeu ao calor de 2020, mas naquele ano tele o El Niño, um evento climático natural que aumenta as temperaturas. Sem isso, é provável que 2020 tenha sido o ano mais quente. Os cientistas alertaram que, sem uma ação urgente, o futuro de milhões de pessoas parece sem saída.

O Ártico e o norte da Sibéria viram temperaturas médias particularmente extremas em 2020, com uma grande região 3°C acima da média de longo prazo e alguns locais mais de 6°C acima. Isso resultou em incêndios florestais extensos, com um recorde de 244 milhões de toneladas de CO 2 liberadas dentro do Círculo Polar Ártico. O gelo do mar Ártico também foi significativamente menor, com julho e outubro tendo a menor extensão registrada para esses meses.