A revista ISTOÉ DINHEIRO, na sua edição de número 261, de 28 de agosto de 2002, publicou reportagem sob o título ?A máquina singular de Alckmin?, em que levanta informações acerca do uso da estrutura administrativa do governo paulista em prol da candidatura do sr. Geraldo Alckmin à reeleição. Sentindo-se atingido pelo teor da reportagem, o governador entrou na Justiça pedindo direito de resposta. O exmo. sr. dr. juiz Rui Stoco, do Tribunal Regional Eleitoral, condenou a revista ISTOÉ DINHEIRO a ceder o espaço editorial de três páginas para a resposta do governador. O candidato Alckmin se apropriou do espaço concedido ao governador Alckmin para fazer campanha eleitoral. É o que se pode observar nas páginas anteriores ? em fotos e textos produzidos pela assessoria do sr. Geraldo Alckmin. Agindo desta maneira, utilizando-se da decisão do Poder Judiciário para fazer propaganda eleitoral, deu a prova irrefutável do crime de uso da máquina, uma prática já revelada pela reportagem publicada por ISTOÉ DINHEIRO na edição 261.

Ao publicar o material das três páginas anteriores, cumprimos a determinação do exmo. sr. dr. juiz Rui Stoco. Mas, pelo respeito que nossos leitores merecem, é preciso fazer alguns esclarecimentos:

1) O material publicado nesta edição não foi realizado pela redação da revista, constituída por uma equipe de elite do jornalismo escrito brasileiro. Foi realizado pelos assessores do candidato governador, que tentaram imitar o estilo editorial da revista e obtiveram o burdo arremedo que está aí publicado.

2) O que a equipe de assessores conseguiu foi uma matéria promocional medíocre que desfigura a imagem pública do governador (conhecido pela sua expressão austera e compenetrada), produzindo texto e utilizando foto de campanha política, com sorriso falso e maquiagem carregada, para substituir o texto e a foto jornalística que a revista utilizou na matéria original.

3) O que a equipe de assessores não conseguiu foi utilizar o espaço concedido pelo Poder Judiciário para efetivamente responder (usando o direito de resposta que sempre concedemos, com ou sem ordem judicial) pela simples razão de que nada havia a responder.

Pedimos desculpas aos nossos leitores (verdadeiros proprietários do espaço concedido) pelas três páginas que foram obrigados a digerir e que não têm a qualidade e a credibilidade de todas as páginas que nossa equipe produz. Apesar destas considerações, a revista ISTOÉ DINHEIRO e sua equipe jornalística acataram e cumpriram, com todo o respeito, a decisão judicial.

Domingo Alzugaray
Editor e Diretor Responsável