Indústria a céu aberto, a agricultura é uma das atividades econômicas mais vulneráveis à interferência da natureza. Eventos como mudanças climáticas e ataque de pragas podem colocar a perder o trabalho de uma safra inteira. Ainda assim, é um dos setores que mais contribui para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro com uma participação de 26,6% em 2020. No ano anterior havia sido de 20,5%. O resultado se deve à tecnologia, com especial destaque para aquelas usadas no controle de infestação de daninhas, doenças e insetos. Nessa luta, o campo tem na Ihara, empresa de pesquisa e desenvolvimento especializada em defensivos agrícolas, uma parceira comprometida com o desenvolvimento de soluções para o problema. A atuação da companhia em um dos mais fortes setores econômicos do País e os resultados do ano passado fizeram da Ihara a campeã na categoria insumos do agronegócio do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2021.

O reconhecimento, que acontece pelo segundo ano consecutivo, demonstra consistência de uma empresa que nos últimos cinco anos investiu R$ 200 milhões em pesquisa e desenvolvimento, em estrutura e também na ampliação do portfólio, com lançamento de cerca de 25 novos produtos para o mercado agrícola.

JOSÉ GONÇALVES DO AMARAL EMPRESA: Ihara. CARGO: Presidente. DESTAQUE DA GESTÃO: Investimentos de R$ 76 milhões no País, inauguração de dois novos centros de pesquisa e lançamento de 25 produtos. (Crédito:Divulgação)

Somente no ano passado foram aplicados R$ 76 milhões no lançamento de novas tecnologias de combate a pragas, além de dois novos centros de pesquisa, um em Sarandi (PR) e outro em Primavera do Leste (MT), onde também foi inaugurado um centro de distribuição. “Com o surgimento recorrente de novas pragas, precisamos lançar produtos a todo momento. Ao trazermos inovações baseadas em pesquisas e uma forte estrutura de atendimento, fortalecemos nossa relação de confiança com o cliente, e isso nos faz crescer ano a ano”, afirmou José Gonçalves do Amaral, presidente da Ihara. Os lançamentos da empresa atendem as principais commodities agrícolas nacionais. Entre eles o Chaser EW, com ação inseticida e fungicida para a cultura do algodão; o Convence FS para o tratamento de sementes; o Romeu SC, fungicida biológico que age de forma preventiva na plantação de soja; a Sonda, herbicida seletivo com ação sistêmica no combate das principais plantas daninhas na lavoura de milho; e o Hayate, inseticida para o controle das lagartas da soja e do milho. De acordo com o presidente da Ihara, a busca constante por inovações está alinhada ao mantra da empresa que se baseia na cultura japonesa: respeito e prazer em servir. “Essa conduta faz com que a empresa cresça de forma consistente e sustentável. O que prometemos de resultado com nossos produtos, nós entregamos”, disse. Atualmente, são mais de 60 itens no portfólio para mais de 100 tipos de cultivos.

Para o futuro, a empresa espera ver o market share subir de 4% para 7% em 2021, fruto de um faturamento que deve chegar a R$ 4 bilhões neste ano, contra R$ 3 bilhões de 2020. A ajuda também vem do mercado. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), os agricultores estão cada vez mais preocupados com controle efetivo de pragas, doenças e plantas daninhas. Tanto é assim que a área tratada com defensivos cresceu 6,9% no País no ano passado, chegando a 1,6 bilhão de hectares, 107 milhões a mais que em 2019. “Mesmo diante do aumento dos custos de insumos e matérias-primas devido ao câmbio, nós não paramos”, disse. “Soubemos contornar a situação, o que nos possibilitou alcançar números recordes de produção e faturamento.”

“Ao trazermos inovação baseadas em pesquisas, fortalecemos nossa relação de confiança com o cliente, que é o que nos faz crescer ano a ano” José Gonçalves do Amaral, presidente da Ihara.

Superada esta questão o plano é acelerar. “Para 2022 estamos prevendo o lançamento de pelo menos nove produtos. Entre eles, um fungicida que vai revolucionar o mercado da soja”, afirmou Gonçalves do Amaral. Para longo prazo, a expectativa é que o Brasil se consolide como a principal fonte de alimentos para um contingente populacional que deve passar dos atuais 7 bilhões para 10 bilhões de pessoas em 2050. “Para o futuro, a empresa já trabalha em cima de 22 novos ingredientes ativos, que servirão para lançar, no mínimo, 40 novos produtos nos próximos anos”, disse.

Os obstáculos existem, mas com dedicação a Ihara consegue tirar de letra. “Na pesquisa científica encontramos as melhores soluções para os problemas do agricultor brasileiro. O agro não para e nós também não”.