O crescimento econômico nos Estados Unidos “desacelerou levemente” por causa da variante delta do coronavírus e se mantém em um ritmo “moderado”, informou nesta quarta-feira (8) o Federal Reserve (Fed, banco central americano) em seu relatório de conjuntura conhecido como Livro Bege.

Segundo este relatório, publicado duas semanas antes de cada reunião de política monetária do banco central – a próxima será celebrada nos dias 21 e 22 de setembro -, os setores mais afetados são os de restaurantes, turismo e viagens, “um reflexo das preocupações com a variante delta”.

+ Biden anunciará plano para conter variante Delta em meio a aumento de casos nos EUA

As restrições internacionais aos deslocamentos também frearam a atividade destes setores, acrescentou o Fed, cujo informe abrange o período que vai de meados de julho ao fim de agosto.

Além disso, as interrupções de estoques e os problemas de abastecimento pela falta de componentes disponíveis, como microchips, também afetaram as vendas de veículos, segundo o organismo.

O mercado imobiliário também foi afetado pela falta de imóveis para venda.

Como fator positivo, o livro destaca que são sobretudo problemas de abastecimento e falta de mão-de-obra que provocam esta desaceleração, “mais do que uma demanda debilitada”.

Na questão do emprego, a demanda de mão-de-obra continua crescendo, mas todas as regiões monitoradas pelo banco central têm dificuldades para conseguir pessoal, “o que dificulta a atividade comercial”.

As razões para esta situação são múltiplas: de aposentadorias antecipadas, em particular no setor da saúde, a problemas para o cuidado com as crianças.

A inflação, enquanto isso, “se estabilizou em um nível muito alto”. Metade das 12 regiões consideradas destacam “fortes aumentos de preços” e a outra metade dá conta de “altas moderadas”.

Em várias regiões, as empresas destacam que os preços vão continuar aumentando nos próximos meses.