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PEQUIM (Reuters) – A economia da China se recuperou a um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, mas as rigorosas restrições contra a Covid-19, uma crise imobiliária cada vez mais profunda e os riscos de recessão global estão desafiando os esforços de Pequim para promover um vigoroso renascimento ao longo do próximo ano.

O Produto Interno bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo cresceu 3,9% no trimestre de julho a setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira, acima do ritmo de 3,4% previsto em uma pesquisa da Reuters com analistas, e acelerando em relação ao ritmo de 0,4% no segundo trimestre.

A publicação dos dados estava marcada para 18 de outubro, mas foi adiada para depois do Congresso do Partido Comunista, que ocorreu na semana passada e levou Xi Jinping a assegurar um terceiro termo de liderança sem precedentes.

Apesar da recuperação, a economia está enfrentando desafios em múltiplas frentes no país e no exterior. A estratégia de Covid zero e os problemas e a luta da China pelo Covid zero em seu setor imobiliário exacerbam a pressão externa da crise da Ucrânia e a desaceleração global devido ao aumento das taxas de juros para conter a inflação.

Pesquisa da Reuters projetou que o crescimento da China desacelerará para 3,2% em 2022, muito abaixo da meta oficial de cerca de 5,5%, marcando um dos piores desempenhos em quase meio século.

Na comparação trimestral, o PIB cresceu 3,9% no terceiro trimestre, contra expansão de 3,5% prevista e um declínio de 2,6% no trimestre anterior.

Desde o final de maio, autoridades implementaram mais de 50 medidas de apoio econômico, procurando reforçar a economia para aliviar as pressões de emprego, mesmo minimizando a importância de atingir a meta de crescimento, que foi estabelecida em março.

Dados separados mostraram que a produção industrial aumentou 6,3% em setembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, superando as expectativas de um ganho de 4,5% e contra 4,2% em agosto.

Mas as vendas no varejo permaneceram fracas, subindo 2,5%, pior que as expectativas de 3,3% e a expansão de 5,4% em agosto.

(Reportagem de Ryan Woo e Ellen Zhang)

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