O Credit Suisse aumentou de 1,4% para 2,0% a sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. Em relatório, o banco cita como vetores da revisão os resultados positivos de atividade e mercado de trabalho em maio e os novos estímulos fiscais aprovados pelo Congresso.

Apesar da queda de 0,11% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no mês – abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, de alta de 0,10% -, o banco afirma que o crescimento da produção industrial (0,3%), varejo ampliado (0,2%) e serviços (0,9%) ainda mostra uma atividade mais dinâmica.

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Para a economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, e os economistas Lucas Vilela e Rafael Castilho, as desonerações tributárias e o aumento de benefícios sociais devem apoiar a economia no terceiro trimestre, produzindo um crescimento acima do esperado no ano. À frente, no entanto, a tendência é de arrefecimento.

“Mantemos a nossa projeção de que o PIB vá expandir 0,2% em 2023, mas destacamos que os riscos estão enviesados para baixo devido ao efeito reduzido da maior parte das medidas fiscais e aos efeitos defasados da taxa mais alta de política monetária e de condições financeiras globais mais apertadas”, alertam.