Nesta terça-feira (3), a CPI da Covid ia votar a quebra de sigilo bancário da rádio Jovem Pan, mas o pedido foi retirado no início da reunião desta manhã. Solicitado pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE), o requerimento foi tratado como um “equívoco” pelo senador alagoano.

“Queria lamentar e dizer que isso aconteceu no recesso compulsório. Aproveito a oportunidade para retirá-lo [o requerimento], para que de modo algum possa, eventualmente, respingar numa coisa que preservamos, defendemos, sempre fizemos isso e vamos continuar a fazer, que é a liberdade de expressão”, afirmou Calheiros.

Presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM) disse, logo em seguida, que a CPI não serve para cercear pensamento, mesmo que existam divergências com as pessoas.

Polêmico, o requerimento de Calheiros afirmava que o veículo de imprensa é “grande disseminador das chamadas fake news”. Foram pedidos os dados bancários da empresa desde o início de 2018.

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Apesar da retirada da quebra de sigilo contra a Jovem Pan, até o momento outras empresas de notícias seguem com a o pedido de quebra de sigilo bancário ativos: Raul Nascimento dos Santos (Conexão Política), Tarsis de Souza Gomes (Renova Mídia), José Pinheiro Tolentino (Jornal da Cidade Online), Paulo de Oliveira Eneas (Crítica Nacional), LHT HIGGS LTDA, empresa ligada à produtora Brasil Paralelo, e Farol Produções Artísticas LTDA (Senso Incomum).

Jovem Pan

A Jovem Pan disse em nota divulgada que os “pedidos do gênero são injustificáveis” e que os balanços são publicados anualmente no Diário Oficial. A rádio ainda não se posicionou após o pedido de retirada do requerimento de Renan Calheiros.