A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou nesta terça-feira (26) dois requerimentos extrapauta sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que associam a vacina contra o coronavírus ao desenvolvimento da Aids.

O primeiro estabelece a quebra de sigilo, banimento ou suspensão de acesso às redes sociais presidenciais, além de exigir uma retratação. Caso não seja cumprida a resolução, há multa de R$ 50 mil por dia.

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A CPI vai protocolar a representação contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a suspensão das contas de redes sociais do presidente. A comissão ainda vai pedir ao Google, Facebook e Twitter o envio de dados sigilosos de Bolsonaro relativos a abril de 2020.

O segundo será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF , relator do inquérito das fake news. A fala, sem qualquer comprovação científica, seria utilizada na investigação para imputar ao presidente o crime de desinformação.

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O único senador que votou contra as propostas foi Jorginho Melo (PL-SC).

“A presidência é uma instituição, não é um cargo de boteco”, afirmou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

A CPI vota ainda nesta terça o relatório final produzido por Renan Calheiros (MDB-AL) que indicia 81 pessoas, entre eles os filhos do presidente Bolsonaro: Eduardo, Flávio e Carlos.