Em tempos bélicos é sempre bom estar preparado para percalços. Treinamento de ponta com os melhores profissionais do mundo pode garantir a sobrevivência. Por isso quem fala inglês e estiver disposto a pagar mais de US$ 20 mil por ano tem grandes chances de aperfeiçoar-se na CIA e no FBI, nos Estados Unidos. As armas: colheres, escumadeiras e pratos da culinária internacional. CIA é o The Culinary Institute of America. O FBI, braço da organização, é o Food and Beverage Institute. ?Formam a melhor escola de gastronomia do mundo?, diz Paul Bocuse, o mago de Lyon. Rivalizam com o lendário Cordon Bleue francês.

A escola, fundada em 1946, tem duas unidades. A Hyde Park, em Nova York, e a Greystone, em Napa Valley, na Califórnia. É como se fossem campus universitários. Os alunos contam com toda infra-estrutura, como moradia e área de lazer. O curso, com duração de um a quatro anos, começa com aulas teóricas ? depois parte para as aulas à beira do fogão. Também é obrigatório estagiar em grandes restaurantes como no FiftySevenFiftySeven, do hotel Four Seasons, em Nova York, ou no badalado japonês Nobu. Mas atenção, nem todo mestre-cuca é aceito. Para acompanhar o curso é preciso preencher um requisito básico. ?O aluno deve ter uma experiência mínima de seis meses cozinhando em algum restaurante?, diz Jeff Levine, da CIA.