Nos Estados Unidos, quase todos os pacientes com Covid longa tiveram distúrbios do sono e fadiga após a doença. Raça, obesidade e transtornos de ansiedade são fatores que contribuem para as sequelas.

O levantamento faz parte do estudo da Cleveland Clinic, publicado na revista Sleep e apresentado esta semana na reunião Sleep 2022, evento que reúne especialistas em sono, na Carolina do Norte.

As informações de 962 pacientes que se recuperaram da doença foram analisadas, entre fevereiro de 2021 e abril de 2022. Do total, 67,2% dos pacientes disseram ter fadiga moderada e outros 21,8% relataram enfrentar fadiga severa. Em relação aos distúrbios do sono, 8% disseram ter comprometimentos graves e em 41,3% as alterações foram moderadas.

Segundo a pesquisa, pacientes com índice de massa corporal alto, negros e com transtorno de ansiedade apresentaram distúrbios do sono moderados a graves.

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“Dificuldades do sono são sintomas altamente prevalentes e debilitantes relatados em pacientes com sequelas pós-aguda de Covid-19”, disse Cinthya Pena Orbea, especialista em sono da Cleveland Clinic.

“Nosso estudo sugere que a prevalência de distúrbios do sono moderados a graves é alta e que a raça negra confere maiores chances de sofrer distúrbios do sono moderados a graves, destacando a importância de entender melhor os determinantes específicos da raça dos distúrbios do sono para desenvolver intervenções”, completa a médica.