O piloto britânico Lewis Hamilton conquistou o segundo lugar no GP da Hungria de Fórmula 1 neste domingo (1) em uma recuperação épica. O heptacampeão estava em último e fez uma corrida de recuperação para cruzar a linha na terceira posição – o alemão Sebastian Vettel, que chegou em segundo, foi desclassificado por falta de combustível no tanque, o que fere as regras da F1. No entanto, a festa no pódio foi marcada por preocupações com Hamilton, que sofre com os efeitos da “Covid longa”.

Exausto no pódio, o piloto chegou atrasado à coletiva de imprensa porque teve de passar por uma consulta com o médico de sua equipe, a Mercedes. “Estou bem, tive muita tontura e ficou tudo embaçado no pódio. Estou lutando todo este ano para ficar saudável depois do que aconteceu no fim do ano passado (quando contraiu covid-19) e ainda é uma batalha”, declarou Hamilton em coletiva.

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A própria Mercedes publicou um post em rede social falando que Hamilton sofria de fadiga e tontura.

“Os efeitos estão persistindo. O nível de fadiga que você atinge é diferente e realmente um desafio”, completou. “Talvez seja a hidratação, eu não sei, mas nunca tive essa experiência. Tive algo semelhante em Silverstone, mas hoje foi muito pior”.

Com o segundo lugar, Hamilton volta a liderar a temporada da Fórmula 1 com oito pontos a mais que o segundo colocado, Verstappen, que cruzou o GP da Hungria em nono lugar. O campeão da etapa foi o francês Esteban Ocon pela escuderia Alpine.

O que é e como se manifesta a “Covid Longa”

“Covid longa” é o nome dado às sequelas da covid-19 a médio e longo prazo. Segundo o Ministério da Saúde, 17 milhões de brasileiros recuperaram-se da covid, mas muitos passaram a conviver com sintomas motores, neutológicos, cardíacos, respiratórios e outros – estudos apontam que essas consequências atingem em torno de 10% das pessoas que tiveram covid com sintomas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que reúne dados de pesquisas sobre o tema pelo mundo, indica que as mulheres são as que mais relatam complicações de covid longa. O órgão listou os 55 principais sintomas, sendo os mais detectados: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo, dificuldade para respirar, ansiedade, perda de memória, depressão, perda de paladar e olfato, zumbido no ouvido, palpitação, insuficiência cardíaca, tosse, dor no peito, problemas difestivos. Os sintomas eram sentidos por 80% das pessoas por pelo menos 2 semanas após a cura da doença.

Embora acometa com mais frequência pacientes atingidos pelas formas mais grave da doença, a covid prolongada é também comum após as versões leves e moderadas, que dispensam hospitalização.