LONDRES (Reuters) – O prefeito de Londres, Sadiq Khan, declarou estado de “grande incidente” neste sábado para ajudar os hospitais da capital a lidarem com o pico de casos de Covid-19 causado pela variante Ômicron do coronavírus.

Khan tomou a medida, que permite uma coordenação mais próxima entre diferentes agências públicas, após o Reino Unido relatar na sexta-feira o maior aumento de novos casos em 24 horas desde o começo da pandemia.

As internações e a ausência de trabalhadores de saúde estão crescendo, disse Khan, “então tomei a decisão, em consulta com nossos parceiros, de declarar estado de grande incidente”.

“É uma declaração do quão sérias estão as coisas”, disse.

Khan, do Partido Trabalhista, de oposição, também declarou grande incidente em janeiro quando os casos crescentes de Covid-19 ameaçavam sobrecarregar os hospitais.

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Estima-se que a variante Ômicron represente mais de 80% dos novos casos de Covid-19 em Londres.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, deve chefiar uma reunião do comitê de emergência ao longo do fim de semana com as administrações de Escócia, Gales e Irlanda do Norte, que têm seus próprios poderes sobre a saúde pública.

A Sky News afirmou que ministros do governo estavam sendo informados sobre os últimos dados de coronavírus neste sábado.

O jornal The Times relatou que autoridades estavam preparando o rascunho de novas regras que, se introduzidas, proibirão reuniões de pessoas em locais fechados na Inglaterra, exceto para trabalho, por duas semanas após o Natal, quando pubs e restaurantes seriam restringidos a serviços a céu aberto.

As pessoas poderão se reunir em grupos de até seis pessoas em locais abertos, disse o jornal.

Mas os ministros ainda não consideraram os planos formalmente, disse o The Times.

Um porta-voz do governo, questionado sobre a reportagem do The Times, disse que o governo continuará a “observar de perto todos os dados que estão surgindo e manterá as medidas sob análise, enquanto aprendemos mais sobre esta variante”.

Johnson disse na sexta-feira que “nós não vamos fechar as coisas”.