Uma pesquisa realizada por especialistas do Reino Unido e da Alemanha revelou que a realização do teste rápido de Covid-19 de antígeno, quando em crianças, pode não apresentar resultados confiáveis. Segundo relatório publicado na plataforma BMJ Evidence-Based Medicine, o método não atende aos critérios de precisão estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas agências reguladoras da Europa.

No estudo foram avaliadas 6 marcas de testes em mais de 6.300 crianças e adolescentes. Os resultados foram comparados com os testes de PCR e mostraram que método não conseguiu detectar vírus em 36% das crianças infectadas. Além disso, a equipe relatou que entre as crianças com sintomas, houve ineficácia de 28% na detecção do vírus Sars-CoV-2.

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No caso de crianças infectadas sem sintomas, a ineficácia foi ainda maior, em 44% dos pacientes. Para os autores, “o desempenho da maioria dos testes de antígenos em condições da vida real permanece desconhecido, mas as novas descobertas lançam dúvidas sobre a sua eficácia”.

No Brasil, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é realizar o teste de Covid-19 apenas em crianças com sintomas. Aqui, os testes aplicados neste público são os mesmos feitos em adultos: antígeno e o RT-PCR.