Uma dose única da vacina da Pfizer contra a Covid-19 pode reduzir infecções em crianças, sugere um novo estudo, que revela que se uma criança contrair a doença depois de ser vacinada, é “provável que tenha uma infecção mais leve“.

A pesquisa do do King’s College London e da Zoe Symptoms, do Reino Unido, analisou a eficácia de uma dose única da vacina Pfizer/BioNTech em crianças. Os pesquisadores analisaram informações sobre 115.775 crianças de 12 a 17 anos, através do aplicativo Covid Symptom Study. Das crianças envolvidas no estudo, 25.971 receberam uma dose da vacina.

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Especialistas descobriram que a probabilidade de ser infectado pela variante Ômicron, foi reduzida em 53,7% entre 14 e 30 dias após a vacinação e em 63,7%, cerca de 90 dias depois da dose. Os pesquisadores disseram que as crianças tinham mais probabilidade de evitar a doença depois de serem vacinadas se já tivessem contraído o vírus.

Segundo a equipe, crianças e jovens vacinados que contraíram Covid-19 durante a onda de infecções da Delta tiveram doenças mais leves do que crianças não vacinadas. Mas durante a onda da Ômicron isso só foi evidente em crianças de 12 a 15 anos, e não nas de 16 e 17 anos envolvidas no estudo.

A autora sênior do estudo, Emma Duncan, professora do King’s College London, disse que o “artigo oferece informações úteis para os pais que consideram vacinar os seus filhos contra o Sars-Cov-2″. “Mesmo uma única dose da vacina da Pfizer significa que crianças e jovens têm menos probabilidade de contrair Covid-19 e, se infectados após a vacinação, provavelmente terão uma infecção mais leve da doença – pelo menos para as variantes Delta e Ômicron”, acrescentou.