A variante japonesa do coronavírus E484K, que infectou aproximadamente 70% dos pacientes com Covid-19 no hospital de Tóquio no mês passado, segundo informações da TV NHK, pode ser mais resistente às vacinas.

A variante, também chamada de Eek, carrega uma mutação na proteína S do coronavírus, responsável por “facilitar” a entrada do vírus na célula humana e a primeira a ser alvo dos anticorpos produzidos por imunizantes, segundo Flavio da Fonseca, virologista do departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), em entrevista concedida ao site R7.

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Ainda segundo  reportagem, o especialista explica: “É a mutação E484K, que muda um aminoácido E para um aminoácido K. Essa mutação acontece em um ponto onde parte dos anticorpos formados pela vacina se ligam. Com a alteração, eles deixam de se ligar com tanta eficácia. Não é um bloqueio total, mas certamente a resposta imune provocada pela vacina fica um pouco prejudicada”.

Letalidade

Não há estudos sobre a letalidade da variante japonesa, ou seja, não se sabe se ela é capaz de provocar mais mortes por Covid-19 que as demais variantes.