O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, exortou os países a seguirem o manual de recomendações da entidade ao avaliar o relaxamento das medidas de distanciamento social impostas pelo coronavírus. “O afrouxamento das restrições deve ser um processo gradual”, disse durante entrevista coletiva, em Genebra, na Suíça.

Reino Unido prorroga mecanismo de desemprego parcial até junho

Em carta, médicos da USP pedem cuidado com supostos remédios contra coronavírus

Tedros Ghebreyesus também demonstrou preocupação com a situação da África, onde, segundo ele, houve aumento de 51% no número de casos de covid-19 na última semana e 60% de registros de mortes pela doença. “Com os desafios atuais de obtenção de kits de testes, os números reais provavelmente são maiores”, afirmou, acrescentando que mais de 1 milhão de testes serão distribuídos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do continente.

Sobre a divulgação de um novo número de mortes pelas autoridades de Wuhan, na China, a líder da resposta da OMS ao coronavírus, Maria Van Kerkhove, explicou que os dados tiveram que ser revistos porque, entre outros fatores, muitas pessoas morreram em casa na época em que o sistema de saúde local estava sobrecarregado. Segundo ela, outros países terão que fazer revisões semelhantes após a pandemia.

Maria Van Kerkhove também garantiu que a entidade está trabalhando com Taiwan, embora a ilha não seja reconhecida como país pela Organização das Nações Unidas (ONU), responsável pela OMS.