A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica do Observatório Covid-19 nessa quarta-feira (12). Nela, a instituição alerta para a mudança nos cenários de taxas de ocupação de leitos de UTI no Brasil, na rede SUS.

Países do Hemisfério Norte e também os Estados Unidos vivem a rápida disseminação da variante Ômicron do coronavírus. O aumento no número de casos tem feito a demanda pelos serviços de saúde crescer também, incluindo internações em leitos de enfermaria e UTI.

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No Brasil, o cenário atual também vem demonstrando uma forte mudança nas taxas de ocupação de leitos de UTI, segundo a Fiocruz. Há uma unidade da Federação e quatro capitais na zona de alerta crítico. São elas:

  • Pernambuco (82%)
  • Fortaleza (88%)
  • Recife (80%)
  • Belo Horizonte (84%)
  • Goiânia (94%)

Existem outras oito unidades da Federação na zona de alerta intermediário. Confira abaixo:

  • Pará (71%)
  • Tocantins (61%)
  • Piauí (66%)
  • Ceará (68%)
  • Bahia (63%)
  • Espírito Santo (71%)
  • Goiás (67%)
  • Distrito Federal (74%).

Além delas, as capitais de: Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) também estão em zona de alerta intermediário.

“As próximas semanas precisam ser monitoradas e é esperado que o número de casos novos de Covid-19 ainda atinja níveis
muito mais elevados, pressionando a demanda por serviços de saúde, o que inclui leitos de enfermaria e UTI”, informa a Fiocruz.

Para evitar maiores danos em relação à pandemia no Brasil, a Fiocruz destaca que é fundamental o fortalecimento de medidas de precaução, com a obrigatoriedade de uso de máscaras em locais públicos, a exigência do passaporte vacinal e o estímulo ao distanciamento social.

“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, é fundamental ratificar a ideia de que há um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da Covid-19 pela Ômicron. Dito isso, o cenário, neste momento, é incomparável àquele vivido em 2021, embora o grande volume de casos já esteja demandando, pelos gestores, atenção e acionamento de planos de contingência”, afirma a instituição.