O primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou, neste domingo (25), novas restrições na Itália depois que o país registrou um recorde de novos casos diários de coronavírus, apesar da oposição de vários governos regionais e protestos nas ruas pelo toque de recolher.

Cinemas, teatros, academias e piscinas deverão fechar sob as novas regras que entrarão em vigor na segunda-feira, enquanto bares e restaurantes terão que deixar de servir às 18h00, disse o gabinete do primeiro-ministro.

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A Itália registrou um recorde de cerca de 20.000 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas. O país, o primeiro da Europa duramente afetado pela pandemia, totaliza 500.000 casos e 37.000 mortos.

Três regiões com as cidades mais populosas adotaram um toque de recolher nos últimos dias: Lazio (Roma, centro), Lombardia (Milão, noroeste) e Campanha (Nápoles, sudoeste). Ao menos outras duas regiões, Piamonte (norte) e Sicília (sul) seguirão os mesmos passos nessa semana.

Na madrugada de sábado para domingo, dezenas de manifestantes de extrema direita protestaram contra o toque de recolher e enfrentaram as forças de ordem no centro histórico de Roma.

Os manifestantes esperaram até um minuto antes da meia noite para lançar fogos de artifício com as cores da bandeira italiana contra a polícia. Sete deles foram detidos e dois policiais ficaram feridos, segundo o jornal La Repubblica.

Em Nápoles, foram registrados incidentes na noite anterior, quando jovens que se opõem ao toque de recolher enfrentaram as forças de ordem, exigindo compensações financeiras por não poder trabalhar.