Três vacinas da Covid-19 oferecem proteção contra a variante Ômicron e sintomas graves da doença mesmo após quatro meses, de acordo com um estudo da Dinamarca, um dos primeiros países atingidos pela variante de rápida disseminação.

Segundo a pesquisa, mais de 121 dias após a administração, as terceiras doses da vacina ainda ofereciam até 77,3% de proteção contra sintomas que requerem hospitalização.

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Outra das conclusões mostra que a terceira dose ofereceu até 90,2% de proteção contra hospitalização, imediatamente após a administração, e que três injeções reduzem o risco de contrair a Ômicron em quase 50%.

Importa ressalvar, contudo, que o estudo, publicado pelo Statens Serum Institut da Dinamarca para doenças infecciosas ainda não foi revisto por pares.

Mais de dois terços das injeções administradas na Dinamarca foram da Pfizer Inc.-BioNTech, com as vacinas da Moderna Inc. compondo o restante, de acordo com o instituto.

A manutenção exaustiva de registos pelo sistema de saúde dinamarquês permitiu que os investigadores pudessem comparar dados quase completos sobre vacinações, hospitalizações e condições pré-existentes com registos de testes Covid altamente detalhados.

A Dinamarca estima que cerca de 70% da sua população adulta tenha contraído a Ômicron de novembro a março. O país nórdico encerrou todas as restrições de vírus no início de fevereiro, porque uma alta taxa de vacinação impediu que a variante sobrecarregasse os hospitais.