As disseminações da variante ômicron do coronavírus e da influenza A (H3N2) no Brasil já afetam o funcionamento de empresas, serviços e comércios. Desde dezembro, bares e restaurantes precisaram afastar, semanalmente, cerca de 20% de seus funcionários devido às suspeitas de gripe ou Covid-19, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abresel).

Como prevalece a orientação de isolamento do trabalhador com qualquer sintoma que remeta às doenças, os estabelecimentos precisam recorrer à contratação de funcionários temporários para manter o funcionamento. Ainda de acordo com a associação, o custo deste afastamento fica por conta dos bares e restaurantes, uma vez que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não cobre afastamentos de poucos dias.

+ Bolsonaro volta a criticar vacinação anticovid em crianças: ‘óbito é quase zero’
+ Rio amplia testagem e atendimento para sintomas leves de covid-19

Já a Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), segundo a Folha de São Paulo, vai pedir a redução do horário de funcionamento das lojas em shoppings. Com tempo menor de operação, os varejistas poderiam lidar melhor com a falta de funcionários que foram infectados por gripe ou Covid-19.

Ainda há preocupação de falta de trabalhadores em diversas áreas, como a de aviação civil. A Latam precisou cancelar 121 voos domésticos e internacionais previstos até o próximo domingo (16), o que representa 1% das viagens programadas no mês. A Azul também foi afetada por casos de Covid e influenza entre os funcionários.

A Latam orienta, em nota, que os passageiros confirmem o status de seus voos antes de irem aos aeroportos. Clientes podem remarcar as viagens adiadas ou pedir reembolso da passagem – em ambos os casos não haverá multa.