Apesar da desobrigação do uso de máscaras e de isolamento social, a pandemia causada pela Covid-19 ainda parece longe do fim. Um estudo realizado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Sírio-Libanês afirma que novas variantes de preocupação do coronavírus podem surgir já nos próximos meses.

No final de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as mutações genéticas do coronavírus em Variantes de Interesse e Variantes de Preocupação, caracterizadas pelo aumento de transmissibilidade, virulência e redução da eficácia de medidas de proteção, como as vacinas.

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“Sem data de término, a pandemia persiste com o surgimento de novas variantes que ameaçam a eficácia de testes diagnósticos e vacinas”, diz o estudo publicado na revista Viruses.

Quanto mais o vírus circula no mundo, sobretudo no continente africano com taxas ainda muito baixas de vacinação, mais ele tende a sofrer mutações genéticas, contribuindo com novas variantes.

“Medidas complementares à vacinação, como uso de máscaras, higienização das mãos e ambientes ventilados continuam sendo essenciais para retardar o surgimento de novas variantes”, ressaltam os pesquisadores.