A China aprovou a utilização em determinadas condições do medicamento anticovid-19 do grupo norte-americano Pfizer, segundo a Administração dos produtos médicos chinesa. Comercializado sob o nome Paxlovid, este antiviral oral vai ser usado para tratar doentes em risco de desenvolver uma forma grave de covid, acrescentou o comunicado. A Pfizer também tem de continuar os estudos sobre o medicamento e apresentar os resultados, relatou.

O Paxlovid, já autorizado nos Estados Unidos e em outros países, reduz o risco de hospitalização ou morte em cerca de 90%, quando comparado com um placebo usado em doentes de alto risco, nos primeiros cinco dias depois de surgirem sintomas. Em janeiro, a farmacêutica Pfizer garantiu que os estudos realizados em laboratório para este tratamento demonstraram que o Paxlovid é também eficaz contra a variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2.

A decisão surgiu durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem em Pequim e o país, que não autorizou até agora qualquer vacina estrangeira contra a covid-19, regista alguns pequenos focos esporádicos de contaminação.

A China aplica, desde o início da pandemia, uma estratégia de “zero casos covid”, que consiste em limitar a ocorrência de novos casos, geralmente de apenas algumas dezenas por dia. Todos os participantes estrangeiros nos Jogos, que ocorrem até o dia 20 deste mês, são mantidos numa ‘bolha sanitária’, evitando contatos com a população local. Esta bolha vai ser prolongada até aos Jogos Paralímpicos de Inverno, entre 04 e 13 de março.

Aos não vacinados, foi exigida uma quarentena de 21 dias à chegada a Pequim.