A Covax planeja distribuir 2 bilhões de doses de vacinas contra a covid-19 para países pobres até o primeiro trimestre de 2021. O número é praticamente o dobro do que o previsto inicialmente e as vacinas serão financiadas por doadores parceiros do consórcio.

A organização, que é formada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a GAVI Alliance (Fundação Bill e Melinda Gates) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, visa que todos os países tenham acesso ao imunizante de maneira equitativa.

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Com o acordo, 92 países de baixa e média renda elegíveis terão prioridade no recebimento da vacina. No entanto, em nota divulgada nesta sexta-feira (18), a Covax afirmou que todos os 190 países elegíveis receberão a vacina para o grupo de risco ainda ​​no primeiro semestre de 2021.

O Brasil é um dos países que solicitaram participação no programa, devendo receber inicialmente 42,5 milhões de doses. O objetivo do consórcio é atingir uma cobertura populacional de 20% até o final de 2021. Segundo a entidade, as entregas serão feitas conforme as aprovações por parte das agências reguladoras.

“A chegada das vacinas está dando a todos nós um vislumbre da luz no fim do túnel. Mas só acabaremos de verdade com a pandemia se acabar com ela em todos os lugares ao mesmo tempo”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Vacinas e financiamento

Entre as vacinas que fazem parte do acordo estão: 170 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, 500 milhões de doses da Johnson & Johnson e 200 milhões de doses da Sanofi/GSK. Em breve, a iniciativa deve incluir na oferta os imunizantes da Moderna, Novavax, CureVac, Inovio, Clover Biofarmacêutica e Instituto Pasteur/Merck.

Para atingir essa meta, a Covax estima que será preciso levantar US$ 6,8 bilhões adicionais em 2021. O dinheiro será dividido em: US$ 800 milhões para pesquisa e desenvolvimento; US$ 4,6 bilhões para a Covax AMC; e US$ 1,4 bilhão para apoio à entrega.