GENEBRA (Reuters) – Potências emergentes entre os países do G20, incluindo China, Brasil e Índia, estão sendo pressionados a contribuir com o financiamento urgente de vacinas contra a Covid-19 para o esquema de compartilhamento de doses Covax Facility, disseram a Organização Mundial de Saúde (OMS) e um funcionário norueguês nesta segunda-feira.

Antes da cúpula do G7 nesta semana, os países ricos também foram pressionados a seguir os Estados Unidos na disponibilização imediata de doses para cobrir uma lacuna de 200 milhões de doses causada por interrupções no fornecimento indiano e atrasos na fabricação.

Até agora, cerca de 150 milhões de doses foram prometidas ao mecanismo Covax, número bem abaixo das 250 milhões necessárias até o final de setembro, e 1 bilhão de doses até o final do ano, disseram as autoridades.

Bruce Aylward, conselheiro sênior da OMS e coordenador do ACT Accelerator, e a Noruega, que co-lidera o Conselho de Facilitação Covax com a África do Sul, disseram que mais investimentos são necessários.

“Ainda precisamos de mais contribuições do G7, mas também estamos pedindo investimentos mais amplos do G20”, disse a repórteres John-Arne Røttingen, embaixador da Noruega para a saúde global.

“Devemos ser francos em dizer que atualmente várias das maiores economias emergentes que constituem uma parte importante do G20, ainda não contribuíram financeiramente para o ACT-Accelerator. Portanto, é claro que se trata de países como China, Brasil, para citar alguns”, adicionou.

Aylward disse que as discussões estão sendo mantidas com a China e a Índia, mas não deu detalhes.

“Não estamos restringindo nosso olhar ao G7”, disse.

Aylward acrescentou que uma proposta apresentada na última sexta-feira pela UE à Organização Mundial do Comércio (OMC) para ampliar o acesso à vacina contra a Covid-19 não foi longe o suficiente e disse que uma renúncia à patente “agregaria valor”.

(Por Stephanie Nebehay)

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