O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, aproveitou ontem a divulgação do balanço de R$ 72,6 bilhões emprestados pelo banco até julho para rebater as críticas de que a instituição está concentrando financiamentos em grandes empresas à custa do impacto fiscal dos empréstimos recentes de R$ 180 milhões do Tesouro Nacional.

Segundo ele, as dez maiores empresas do País, como Petrobras e Vale, ficaram com 28,7% dos R$ 261,4 bilhões liberados pelo banco entre janeiro de 2008 e junho deste ano, o equivalente a R$ 82,08 bilhões. No mesmo período, a fatia para pequenas e médias empresas foi de R$ 67,2 bilhões ou 23,5% do total.

Tirando da conta o empréstimo especial de R$ 25 bilhões à Petrobras, cujos desembolsos terminaram em junho do ano passado, a participação das dez maiores empresas cai para 21,8% e a das pequenas sobe para 25,7%. “Não está havendo concentração. Ao contrário, há desconcentração”, disse Coutinho, argumentando que as dez maiores empresas responderam por 63% do investimento da indústria brasileira entre 2008 e 2009.

“O BNDES tem sido um instrumento de acesso da pequena empresa aos mecanismos de financiamento de médio e longo prazos”, disse. Coutinho também apresentou um quadro em que mostra redução da participação das dez maiores empresas no desembolso do BNDES em relação aos cerca de 30% entre 2001 e 2006. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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