A Cosan registrou lucro líquido de R$ 395,7 milhões no primeiro trimestre de 2019, alta de 14,5% sobre lucro de R$ 345,7 milhões de igual período de 2018. O período, entre janeiro e março deste ano, corresponde ao quarto e último trimestre da safra 2018/2019 de cana-de-açúcar, um dos principais ramos de atividade da companhia. A companhia relatou lucro ajustado proforma de R$ 401,3 milhões, ante lucro proforma de R$ 360,6 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 11,3%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cosan somou R$ 1,447 bilhão no trimestre inicial de 2019, contra R$ 1,193 bilhão no primeiro trimestre de 2018, alta de 21,4%. O Ebitda ajustado proforma atingiu R$ 1,459 bilhão, alta de 11,2% na mesma base de comparação.

A receita líquida da Cosan foi de R$ 17,057 bilhões entre janeiro e março, alta de 25,6%. Os investimentos atingiram R$ 920,6 milhões no trimestre, ante R$ 759 milhões no primeiro trimestre de 2018, avanço de 21,3%. Já a dívida líquida cresceu 34% entre os períodos, para R$ 11,607 bilhões. Com isso, a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, fechou em 31 de março em 2 vezes, ante 1,5 vez em igual data do ano anterior.

Os resultados proforma consideram 50% da participação da companhia na Raízen Energia e Combustíveis, principais atividades da Cosan, as quais a companhia mantém sociedade com a Shell no Brasil.

Divisões

A Raízen Combustíveis obteve Ebitda ajustado de R$ 714 milhões com as operações no primeiro trimestre de 2019, queda de 2,5% sobre os R$ 732,3 milhões de igual período de 2018. Considerando a soma das operações argentinas, cujos resultados ainda não tinham sido computados no trimestre inicial de 2018, o Ebitda ajustado avançou 29,2%, para R$ 946,3 milhões.

A receita líquida da divisão de combustíveis brasileira foi de R$ 20 bilhões no primeiro trimestre do ano, aumento de 3% sobre o mesmo período do ano anterior, “em função do volume de vendas”, informou a companhia. A venda total de combustível entre janeiro e março cresceu 2,9% sobre igual período de 2017, para 6,459 bilhões de litros, com destaque para a comercialização de etanol, que avançou 30% entre os períodos.

Açúcar e etanol

Na Raízen Energia, braço sucroenergético da empresa, a receita líquida ajustada cresceu 55,5% entre os trimestres de 2018 e 2019, para R$ 7,131 bilhões. A receita com a venda de açúcar cresceu 12%, para R$ 1,593 bilhão, e o faturamento com etanol cresceu 21,7%, a R$ 2,951 bilhões na mesma base de comparação. O Ebitda ajustado da Raízen Energia recuou 7,3%, para R$ 926,7 milhões. O capex do braço sucroalcooleiro no trimestre foi de R$ 1,080 bilhão, alta de 6,5%, graças ao maior dispêndio em projetos e manutenção.