Acaba de ser divulgado um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que comprova os efeitos dos sucessivos cortes no Bolsa Família na elevação da pobreza extrema no Brasil. De acordo com a pesquisa, a principal consequência das alterações sofridas pelo programa social é justamente a queda na renda dos cidadãos mais pobres. Entre 2014 e 2018, a renda dos 5% mais pobres do País caiu quase 40%. Enquanto isso, foi registrado um aumento de 67% na fatia da população que vive em situação de pobreza extrema. Para o estudo, a FGV usou como base a linha mais baixa de pobreza das metas do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), que utiliza o valor de U$S 1,25 (cerca de R$ 5,40) per capita por dia. A FGV também fez uso de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) e da Pnad Contínua, do IBGE. Assim, foi possível concluir que, de 2014 – quando o Brasil teve seu menor percentual de extrema pobreza nos últimos 15 anos – até o ano passado, esse valor teve altas seguidas, sem apresentar nenhuma queda. Uma das preocupantes constatações da pesquisa é de que, em 2018, o nível de pobreza extrema no País voltou aos patamares de 2008. Criado em 2003, o Bolsa Família atende a famílias com filhos de até 17 anos, com renda de R$ 89 a R$ 178.

Morre David Kupfer, um dos maiores acadêmicos da indústria nacional

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Considerado um dos maiores estudiosos da indústria brasileira, o economista David Kupfer morreu na quarta-feira 19, aos 63 anos, no Rio de Janeiro. Kupfer, que era professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estava lutando contra um câncer no pâncreas. Especialista em desenvolvimento da indústria nacional, ele publicou artigos e livros sobre inovação, competitividade e concorrência no setor. Foi agraciado, duas vezes, com o Prêmio Jabuti de Literatura, ambas na categoria Economia e Negócios. A primeira, em 1996, pelo livro Made in Brazil: Desafios Competitivos da Indústria Brasileira. A segunda premiação ocorreu seis anos mais tarde, em 2002, pela obra Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Membro do Conselho Superior de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Kupfer dedicou-se a desenvolver trabalhos sobre setores-chave para o crescimento da economia brasileira, como impactos socioeconômicos do uso do gás natural e tendências da produtividade do País.

Criador da BRZ é único brasileiro em lista de executivos mais influentes da indústria mundial de blockchains

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Na segunda-feira 17, o site de tecnologia Hacker Noon divulgou a lista das trinta personalidades mais influentes do mundo no setor de criptoativos. E tem brasileiro na relação. CEO da Transfero Swiss AG – empresa de investimentos em ativos digitais, com sede na Suíça –, o executivo Thiago Cesar ficou na na 11ª posição, acima de gente importante da indústria de blockchains, como Tyler Winklevoss, um dos gêmeos rivais do Facebook, e Vitalik Buterin, fundador da moeda digital Ethereum. O feito que levou o brasileiro a ganhar tanto destaque no ranking foi o fato de ele ter criado a BRZ, criptomoeda brasileira pareada com o real. Em sua análise, a Hacher Noon destacou que “a BRZ é a primeira stablecoin lançada em um país emergente e negocia volumes diários acima de US$ 1 milhão”. Cesar, por sua vez, declarou estar feliz em ver seu nome ao lado de pessoas tão influentes no universo das moedas digitais. “Isso é resultado de uma realidade que enxergamos, há alguns anos, de que as criptomoedas viriam a se consolidar como um ativo de investimento e uma reserva de valor global”, ele disse.

Grandes bancos distribuíram R$ 58 bilhões em dividendos em 2019

Kevin David

O ano passado foi excelente para os quatro grandes bancos do País: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. Todos obtiveram rentabilidade superior à Selic em dividend yield. Consequentemente, distribuíram dividendos vistosos a seus acionistas.
Ao todo, foram R$ 58 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) em 2019. Os dados são da consultoria Economatica. A cifra é próxima ao valor de mercado do Grupo Natura e é a maior já divulgada em proventos pelas instituições financeiras em toda a série histórica, que começou em 2008. No topo do ranking, ficou o Itaú Unibanco, com R$ 26,1 bilhões. Em segundo lugar, aparece o Bradesco, que distribuiu R$ 17,7 bilhões. Há, porém, um ponto a ser destacado: o maior crescimento percentual entre 2018 e o ano passado foi conseguido pelo Bradesco, que elevou sua fatia de proventos aos acionistas em quase 174%. Em relação ao lucro líquido nominal, a soma dos quatro bancos totalizou R$ 81,5 bilhões, o maior valor já registrado.

S&P 500 e Nasdaq ganham força com esperanças de estímulos na economia chinesa

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Na quarta-feira 19, os índices S&P 500 e Nasdaq fecharam em máximas recordes, com as notícias de que a China adotará mais medidas para sustentar sua economia. A informação diminuiu as preocupações com o impacto econômico da epidemia do coronavírus no gigante asiático. Entre os analistas, há o consenso de que a China reduzirá sua taxa básica de juros, com objetivo de amenizar os estragos causados pelo fechamento de empresas e de restrições de viagem de cidadãos da segunda maior economia do mundo. Por outro lado, todos seguem preocupados com novos riscos causados pela epidemia na economia global.

JBS compra frigorífico americano por R$ 1 bilhão

Rodrigo Fonseca

Na terça-feira 18, a JBS anunciou a aquisição de uma participação acionária na empresa americana Empire Packing Company L.P. O negócio inclui a aquisição de cinco frigoríficos e da marca Ledbetter nos Estados Unidos. A compra foi realizada pela subsidiária da JBS nos EUA (a JBS USA), no valor acertado de US$ 238 milhões (cerca de R$ 1 bilhão). Fazem parte do pacote frigoríficos em Cincinnati (Ohio), Mason (Ohio), Denver (Colorado), Memphis (Tennessee) e Olympia (Washington), além da marca Ledbetter. Segundo analistas do Bradesco BBI, embora seja um negócio relativamente pequeno para a JBS – a maior companhia de proteína bovina do mundo –, a aquisição está alinhada à sua estratégia de aumentar a exposição a alimentos processados e seu alcance global. “Em nossa opinião, após a solicitação do Senado dos Estados Unidos para investigar a JBS, no final de 2019, essa transação parece confirmar que a agenda de crescimento da empresa no país está se desenrolando”, divulgou o Bradesco BBI. Especialistas do mercado acreditam que há muito espaço para as ações da empresa terem grande valorização nos próximos meses.