A corrida espacial da terceira década do século 21 tem três participantes: China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. A linha de chegada (e de exploração) que antes era a Lua, a 384,4 mil quilômetros da Terra, agora é o planeta Marte, cerca de 60 milhões de quilômetros longe de nós terráqueos.

As espaçonaves foram lançadas no ano passado. Pelo lado dos árabes, é a primeira incursão no espaço profundo. Já os chineses tentam de maneira independente e inédita pousar no Planeta Vermelho.

E os americanos, com a Nasa, visam implantar um helicóptero em território marciano. Esse equipamento em forma de caixa, denominado Ingenuity, entrará para a história se for bem-sucedido, pois será a primeira vez que um veículo feito por humanos voará em outro mundo, o que pode abrir uma nova maneira de explorar o Sistema Solar no futuro. Mas há um grande obstáculo para voar em Marte: a atmosfera.

O ar ao redor do planeta tem apenas 1% da espessura da atmosfera da Terra. Com pouco ar, o desafio é alcançar sustentação.

(Nota publicada na edição 1210 da Revista Dinheiro)