A nota enviada anteriormente, na quinta-feira, 14 de março, contém uma incorreção no texto. As importações de maçãs, peras e marmelos frescos estava suspensas desde fevereiro de 2019, e não desde março de 2015, como havia sido erroneamente informado. Segue o texto corrigido.

O Brasil publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 14, a permissão de retomada das compras de peras e maçãs da Argentina. A resolução número 2, de 13/3/2019, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, foi assinada pelo diretor do departamento brasileiro, Carlos Goulart.

A decisão foi comemorada pelo secretário de Governo do Agronegócio da Argentina, Luis Etchevehere, conforme consta no site do órgão governamental do país vizinho. “Com a publicação no Diário Oficial do Brasil, o acordo com as autoridades daquele país foi cumprido e agora estamos em posição de reiniciar o comércio das frutas argentinas para o Brasil”, disse Etchevehere.

O presidente do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, Ricardo Negri, acrescentou: “Agora cabe a nós e a todos os atores da cadeia de pera e maçã, públicos e privados, fazer de tudo para manter esse mercado aberto, o que significa muitos empregos em Río Negro, Neuquén e Mendoza”.

Desde fevereiro de 2019, as importações de maçãs, peras e também marmelo frescos da Argentina estavam suspensas pelo Brasil, em virtude da presença da praga Cydia pomonella, conhecida como traça-da-maçã, em carregamentos provenientes daquele país. A C. pomonella, que pode causar sérios prejuízos à fruticultura, foi erradicada no Brasil em 2014, e a suspensão visava à proteção dos pomares brasileiros.

A secretaria argentina informou que, para liberar o comércio, foram feitas reuniões, no Brasil, entre autoridades do Senasa e do Serviço de Proteção de Plantas e de Certificação Fitossanitária da Argentina com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura brasileiro.

“Graças a uma gestão conjunta com o presidente da Senasa, Ricardo Negri, conseguimos este acordo. Quero enfatizar a disposição das autoridades brasileiras, especialmente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para encontrar, em tão pouco tempo, uma solução para o assunto”, disse na ocasião das reuniões o secretário de Governo da Agroindústria da Argentina, Luis Etchevehere.

“No acordo foram aceitas as propostas da Argentina, que consistem em intensificar o monitoramento e controle da produção de ambas as frutas para esta safra”, afirmou Negri, da Senasa, acrescentando que será necessário que todos os atores da cadeia continuem gerando confiança nos mercados internacionais, “apesar desta crise específica”.