(Corrige no 4º parágrafo para Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em vez de Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ))

Por Sérgio Queiroz

RIO DE JANEIRO (Reuters) – Biólogos que estudam a presença de microplástico na vida marinha no litoral do Rio de Janeiro descobriram que o impacto da poluição de plástico é muito pior do que temiam.

Os biólogos vestem trajes de mergulho e usam cilindros de oxigênio para mergulhar nas águas cariocas para colher amostras de vida marinha do oceano. Eles então medem a quantidade de microplástico encontrado dentro dos organismos em um laboratório.

Objetos plásticos que acabam no oceano se partem em pedaços menores e podem uma hora terminar dentro de peixes e outras criaturas, como os ouriços estudados pelos biólogos, disseram os pesquisadores à Reuters.

“Em me assustei. Na verdade eu já acreditava que eu iria encontrar (microplástico), só não achava que eu iria encontrar tanto”, disse Raquel Neves, bióloga marinha da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), que encontra os microplásticos com ajuda de um microscópio.

“O nosso papel como pesquisadores, como academia, é mostrar, é ressaltar, é levantar uma placa e dizer: ‘Está errado, acorda’”, disse Neves. “Ainda tem volta, mas daqui a pouco pode não ter mais.”

O consumo de plástico descartável aumentou durante a pandemia de coronavírus, segundo a organização não governamental Associação Internacional de Resíduos Sólidos.

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