As autoridades sanitárias dos Estados Unidos incluíram as vias aéreas como forma de contágio do coronavírus, coincidindo com a opinião de muitos cientistas que há meses discutem sobre a necessidade de se considerar esse risco.

O sarampo, a varicela e a tuberculose também são transmitidos pelo ar.

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Especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estimam que a principal via de transmissão da covid-19 continue sendo as gotículas respiratórias que uma pessoa infectada expele quando tosse, espirra, canta, fala ou respira.

Entretanto, essa atualização, dez meses após o início da pandemia, confirma a validade de múltiplos estudos que mostram que o coronavírus, sem ser tão contagioso quanto o sarampo, poderia ser transmitido a mais de dois metros de distância, hipótese rejeitada pelo CDC e a Organização Mundial da Saúde (OMC) quando o vírus SARS-CoV-2 apareceu.

Os CDC destacam a importância de ventilar os espaços internos para prevenir o contágio.

Os CDC observaram também que a infecção pela superfície contaminada “não é considerada uma forma comum de espalhar covid-19”.

Os cuidados para evitar o contágio não mudam: distanciamento físico, uso de máscara, lavagem das mãos, evitar locais lotados e fechados e isolamento quando se está doente.

Um grupo de cientistas americanos pressionou para que as diretrizes oficiais de saúde fossem atualizadas, com base em uma distinção desatualizada entre gotas e aerossóis que remontava à década de 1930.

“Algumas infecções podem ser transmitidas pela exposição a vírus em pequenas gotículas ou partículas que podem permanecer no ar por muitos segundos ou horas” e, como a fumaça, podem ser inaladas, escreveram especialistas das Universidades da Califórnia, Maryland, Virginia Tech e outras em uma carta conjunta.