Com as pessoas cada vez mais confinadas em casa, dada a expansão do coronavírus no mundo e as medidas que restringem a circulação de pessoas em vários países, as empresas de delivery e serviços online estão sendo cada vez mais solicitadas e tomam medidas de proteção para clientes e colaboradores.

Nos Estados Unidos, a Amazon já reforçou a equipe de colaboradores e anunciou a contratação de 100 mil funcionários, além de aumentar os salários dos colaboradores atuais. A expectativa é gastar cerca de US$ 350 milhões com os profissionais que terão aumento.

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“Estamos vendo um aumento significativo na demanda, o que significa que nossas necessidades de mão-de-obra são sem precedentes para esta época do ano”, escreveu o vice-presidente sênior de operações globais da rede varejista, Dave Clark, em um blog.

O iFood, uma das grandes marcas de serviços de entrega por aplicativo, passou a orientar seus colaboradores que realizem as entregas sem contato com o cliente. A medida foi adotada por empresas chinesas como a Xiaomi e Asus, que sofreram com o coronavírus na China durante o mês passado e tiveram bons retornos com a medida.

Para ativar o serviço, basta fazer o pedido normal e avisar, através do chat, para o entregador deixar o pedido na porta do local. Segundo o site Canaltech, o iFood também criou um fundo no valor de R$ 1 milhão para atender colaboradores que precisem ficar em quarentena.

No Rappi, as seções de “prevenção” e “farmácia 24h” já estão em destaque. O usuário é avisado, logo ao abrir o aplicativo, sobre a entrega sem contato e é aconselhado a manter pelo menos 1 metro de distância dos entregadores.

O Uber Eats adotou a mesma iniciativa dos concorrentes. Nas operações norte-americana e canadense, a rede anunciou a suspensão da taxa de entrega dos restaurantes independentes, algo que já acontecia com a GrubHub e Postmates, segundo o Uol.

A Takeaway.com, uma das líderes no serviço de entrega de comida na Europa, anunciou nesta segunda-feira (16) ter registrado um aumento de restaurantes que se cadastraram à plataforma na Holanda.

Enquanto isso, o GrubHub projeta uma queda de 75% dos clientes nos restaurantes dos Estados Unidos, puxando, assim, mais pedidos online. Redes como KFC e a Chipotle Mexican Grill já oferecem entregas gratuitas aos clientes.

No Brasil, algumas medidas foram tomadas para ajudar os consumidores na hora de fazerem um pedido de comida. Pensando nisso, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) desenvolveu o selo “Restaurante Responsável”, identificando estabelecimentos que aderirem às medidas preventivas de combate ao coronavírus.

O selo serve para os consumidores identificarem locais que estejam atendendo recomendações físicas como a redução no número de mesas e distância de um metro entre as cadeiras. Ao observar tais medidas, entende-se que tal estabelecimento tem mais inclinação para atender positivamente às exigências básicas de entrega online.

“O setor de alimentação fora do lar já começou a ser impactado pelos efeitos da disseminação do coronavírus, mas a média do Brasil ainda não chega a 15% de queda”, disse à Agência Brasil o presidente da Abrasel, Paulo Solmuccci.

A projeção da Abrasel é de que os estabelecimentos de shoppings deverão apresentar pelo menos 30% de queda no faturamento enquanto os efeitos do vírus estiverem em evidência no Brasil.

Operadoras de TV

Grande parte das operadoras de TV já abriram canais tradicionalmente fechados, como os que transmitem filmes e séries, como uma forma de entreter clientes que estejam em casa.

Os seis canais da rede Telecine estão abertos nas operadoras do País bem como o serviço de streaming oferecido online. A HBO, concorrente direta, liberou seus serviços nas operadoras Vivo e a Claro.

O mesmo aconteceu com os canais controlados pela Disney, como Nat Geo Kids, ESPN, Fox e National Geographic, que estarão abertos até o final do mês. O aplicativo streaming da Globoplay também ficará aberto pelos próximos trinta dias.