Com a epidemia do coronavírus se espalhando pela China, sobretudo em Wuhan, cidade com 11 milhões de habitantes no interior do país, a demanda por máscaras de proteção é intensa. Regiões próximas e locais onde há confirmação de casos já reportaram falta de materiais de saúde. Segundo o jornal O Globo, empresas brasileiras já foram procuradas pelo mercado asiático na busca de máscaras descartáveis para suprir a falta de estoque dos produtos.

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Mais de 6 mil casos foram confirmados até o início da tarde desta terça-feira (29), sendo 132 mortes ao todo. É possível acompanhar um mapa interativo, atualizado em tempo real, com dados sobre o avanço do coronavírus pelo mundo. A página é gerenciada pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro para Controle e Prevenção de Doenças e da Comissão Nacional de Saúde da China.

A China é a maior produtora e exportadora de respiráveis no mundo, dado que existe inicialmente uma demanda local muito forte em razão da poluição do ar, associada agora ao coronavírus.

Existem casos de mercados em Pequim e Xangai que estão com abastecimento reduzido. Empresas na província chinesa de Guangdong interromperam o feriado do Ano-novo Lunar para conseguir suprir os estoques locais. Regiões vizinhas, como Hong Kong, Tailândia e Japão, já reportaram falta de materiais, não apenas de máscaras, mas de produtos de higiene em geral.

A CNN noticiou que locais nos Estados Unidos onde há confirmação de casos envolvendo o novo surto, como no Texas, lojas locais tiveram seus estoques de máscaras reduzidos após a suspeita de um estudante da Texas A&M ter contraído o vírus. Ele viajou recentemente a Wuhan.

Regiões como Chinatown, destino turístico e concentração de chineses em Nova York, também contavam com falta de máscaras no último final de semana.

No Brasil, empresas como a 3M Brasil – que conta com uma fábrica na China – e a Sky Descartáveis revelaram que, apesar da procura, o aumento na produção ainda deve ser feito com cautela, já que o vírus está concentrado na Ásia e pode durar não mais do que algumas semanas, segundo o jornal O Globo.

Uma fábrica em Guarulhos, da Ana Dona, anunciou um aumento de 30% no valor dos produtos de saúde, devido ao aumento na procura por empresas exportadoras e consulados baseados na China. O volume de produção subirá das 200 mil unidades por semana para 400 mil, aumento ainda cauteloso apesar da crescente demanda, informa a publicação.