As companhias aéreas poderão necessitar de ajuda estatal para sobreviver à crise do setor em consequência da pandemia com o vírus COVID-19, advertiu nesta quinta-feira o CEO da alemã Lufthansa, Carsten Spohr.

“À medida que esta crise continue, certamente o futuro da aviação não pode ser garantido sem ajuda estatal”, afirmou o executivo em um comunicado, no qual recorda que 700 dos 763 aviões da empresa estão parados atualmente.

Um plano especial que será aplicado até 19 de abril fará com que a Lufthansa e suas filiais operem “um total de aproximadamente 5% do programa originalmente planejado”, destacou. A Austrian Airlines suspendeu a maioria dos voos até 28 de março e a Brussels Airlines fará o mesmo entre 21 de março e 19 de abril.

Ao mesmo tempo, a principal companhia aérea do grupo vai operar os voos de longa distância restantes a partir de Frankfurt apenas, eliminando as decolagens de Munique.

Os aviões do grupo também devem fazer “quase 140 voos especiais de socorro para mais de 20.000 passageiros”, em operações para repatriar cidadãos retidos no exterior após a adoção das restrições de viagens.

Além disso, os aviões de carga do grupo prosseguirão com o plano de voo regular, com exceção das conexões com a China continental.

“A companhia está examinando a possibilidade de utilizar aviões de passageiros sem passageiros para aumentar ainda mais a capacidade de carga”, indicou a empresa.

Spohr disse que o grupo está “financeiramente bem equipado” para resistir à tempestade provocada pela pandemia, com 4,3 bilhões de euros (4,7 bilhões de dólares) de liquidez disponíveis.

A Lufthansa também tem linhas de crédito não utilizadas e atualmente está arrecadando mais fundos, afirmou o executivo.