A Coreia do Sul registrou nesta quarta-feira (27) o aumento mais expressivo dos casos do novo coronavírus em sete semanas, devido a um surto de contaminação em um armazém nos arredores de Seul.

O país, que durante algum tempo foi o segundo mais afetado pela COVID-19, também foi citado como exemplo de luta contra a epidemia.

As autoridades anunciaram nesta quarta-feira 40 novos casos, o que eleva a 11.265 o número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus.

Muitos exames de diagnóstico positivos foram registrados nas proximidades de Seul. Este é o aumento mais expressivo no país desde 8 de abril, quando foram anunciados 53 casos.

Um foco de contágio, que afeta 36 pessoas, foi identificado dentro de um armazém que pertence a uma empresa de comércio eletrônico de Bucheon, na periferia de Seul, segundo o Centro Sul-Coreano de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC).

“Suspeitamos que as regras básicas não foram respeitadas no armazém”, disse o vice-ministro da Saúde, Kim Gang-lip.

“Se as regras não forem aplicadas nos locais de trabalho, isto pode gerar uma contaminação em massa”, recordou, em referência fundamentalmente a medidas de distanciamento e higiene.

A Coreia do Sul começou a flexibilizar as restrições decretadas para combater o coronavírus. As igrejas e os museus reabriram as portas e alguns esportes retomaram as competições, como o beisebol, mas com partidas disputadas sem a presença do público.

Nesta quarta-feira, mais de dois milhões de crianças voltaram às aulas.

Seul conseguiu controlar a epidemia sem impor um confinamento geral da população graças a uma estratégia de muitos testes de diagnóstico entre a população e o respeito às regras de distanciamento social.