Por Hyonhee Shin

SEUL (Reuters) – A Coreia do Sul disse nesta segunda-feira que nenhuma decisão sobre seus exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos foi tomada, mas que eles não deveriam criar tensões, depois que a Coreia do Norte alertou Seul contra a realização das manobras em meio a sinais de uma melhoria nas relações.

Coreia do Sul e EUA realizam exercícios militares com frequência, principalmente na primavera e no verão setentrionais, mas há tempos a Coreia do Norte reage a eles com críticas ácidas, classificando-os como um ensaio de guerra.

Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un e autoridade de alto escalão do governista Partido dos Trabalhadores, alertou o vizinho do sul no domingo que realizar os exercícios minaria os esforços de reconstrução do relacionamento.

Seu alerta veio dias depois de as duas Coreias restaurarem linhas de contato rompidas por Pyongyang anos atrás. Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, estão tentando consertar os laços esgarçados e retomar cúpulas.

Ainda nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul disse que Seul e Washington estão conversando sobre as manobras, mas que nenhuma decisão foi tomada.

“Não temos nada a comentar sobre o comunicado dela, mas quanto aos exercícios, o momento e o método não estão finalizados”, disse o porta-voz do ministério, Boo Seung-chan, em uma entrevista coletiva.

Os aliados decidirão após pesar a Covid-19, a postura de defesa conjunta, a transferência planejada do controle operacional de tempos de guerra e a questão de “apoiar esforços diplomáticos para estabelecer uma paz duradoura na península coreana”, acrescentou Boo.

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