A Copel Distribuição passará em 2021 por revisão tarifária periódica (RTP) e a expectativa da empresa é de que a concessionária tenha um aumento na base de ativos regulatórios da ordem de 50%, em relação aos atuais R$ 4,9 bilhões. Em reunião com analistas e investidores, o presidente da Copel, Daniel Slaviero, explicou que a expectativa leva em consideração os investimentos realizados ao longo dos últimos cinco anos. Ele lembrou que somente em 2020, os investimentos na distribuidora devem superar o R$ 1 bilhão.

O executivo evitou citar qual seria o impacto estimado desse forte aumento da base de ativos no reajuste tarifário, mas lembrou que adicionalmente à revisão da base de ativos, o reajuste do ano que vem também será impactado pelo início do pagamento da conta covid. Ele lembrou que neste ano era para as tarifas da Copel terem aumentado 5,38%, mas o aumento ficou em 0,41% por influência da Conta-Covid e a diferença deverá ser paga pelos consumidores ao longo de 54 meses.

“Todos os fatores serão considerados, mas não temos ainda nenhum indicativo de que tamanho esse reajuste será. Sabemos que tem esses fatos relevantes”, disse.

Slaviero também lembrou que as tarifas da Copel sofrem expressiva pressão do câmbio, uma vez que cerca de 25% da energia da distribuidora vem de Itaipu, cuja energia é dolarizada. “Importante ressaltar é que: seja qual número for, a Copel vai aplicar integralmente, porque assim que determina seus estatutos e assim que a boa governança manda em qualquer empresa do setor elétrico”, comentou.