As possibilidades financeiras estimulam dirigentes de futebol e da Federação Internacional de Futebol (Fifa) a avaliarem uma Copa do Mundo bienal. Um estudo apresentado nesta segunda-feira (20) em encontro entre os principais dirigentes de futebol do mundo indica que a alteração no calendário renderia até R$ 92 milhões a cada quatro anos para cada federação nacional ligada à Fifa, segundo a Reuters.

Com 700 páginas, o levantamento ainda afirma que, se for realizada a cada dois anos, a Copa do Mundo arrecadaria U$ 4,4 bilhões a mais à Fifa. A federação internacional realiza uma “cúpula global” com representantes de federações para debater a proposta, mas nenhuma votação foi marcada.

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Há um congresso da Fifa agendado para 31 de março de 2022, em Doha (Qatar), sede do próximo Mundial. A entidade máxima do futebol tenta convencer sobretudo a Uefa (federação europeia) e a Conmebol (federação sul-americana), contrárias à Copa do Mundo bienal.

“Se abrisse votação, a maioria provavelmente votaria pela Copa a cada dois anos. Mas não é a ideia: analisamos o calendário de forma completa e como melhorar o futebol, o que fazer para criar uma forma de organizar o futuro do esporte”, afirmou Gianni Infantino, presidente da Fifa.

O dinheiro extra às federações seria fruto de um Fundo de Solidariedade para Membros Associados à Fifa, que distribuiria U$ 3,5 bilhões às federações nacionais.

“Enfrentamos oposição, mas temo que 90% seja pela emoção e não pela análise dos fatos. Temos que superar este medo, muito da emoção vem do medo”, disse o ex-técnico e diretor de Desenvolvimento Global de Futebol da Fifa, Arsene Wenger.

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